O PIB, Produto Interno Bruto, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país, cresceu 7,7% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores. Foi a maior variação desde 1996, quando o IBGE começou a série histórica do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, mas ainda insuficiente para recuperar as perdas na economia provocadas pela pandemia.
De janeiro a setembro deste ano, as perdas acumuladas somam 5% em relação ao mesmo período do ano passado. E, na comparação com o terceiro trimestre de 2019, a queda é de 3,9%.
Em relação ao segundo trimestre deste ano, houve crescimento da indústria, serviços, investimentos, consumo das famílias, e dos gastos do governo. Apenas a agropecuária ficou com taxa negativa. Já na comparação com o mesmo trimestre de 2019 e com o acumulado dos quatro trimestres também do ano passado, somente a agropecuária apresentou crescimento.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, explicou que a recuperação no terceiro trimestre deste ano, contra o trimestre anterior, deve-se a uma base muito baixa de comparação, porque estávamos no auge da pandemia. O grande destaque foi a indústria de transformação, que havia caído bastante no segundo trimestre com as restrições de funcionamento.
Depois vieram os serviços, com alta nos segmentos de comércio e transporte, armazenagem e correios.