Joseph Muscat, primeiro ministro de Malta, disse, em um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, nos Estados Unidos, que considera a tecnologia blockchain a ferramenta essencial para que o bitcoin e as criptomoedas ganhem ampla adoção e se tornem o futuro do dinheiro.
Muscat, que já tem defendido o novo mercado há tempos, ressaltou, durante a transmissão ao vivo da sessão no Youtube na última quinta-feira (27), que é inevitável essa transformação no mercado financeiro mundial.
Ele acredita que blockchains têm a capacidade de eliminar provedores de serviços terceirizados, dando aos usuários mais autonomia sobre informações, como, por exemplo, nos sistemas de saúde onde os pacientes teriam propriedade real de seus registros médicos.
“Eu considero, com muito fascínio, que a tecnologia revoluciona e melhora os sistemas. É por isso que em Malta nos consideramos a ‘ilha blockchain’”, disse o chefe de governo maltês que justificou o porquê de tanto orgulho:
“Somos a primeira jurisdição mundial a regulamentar essa nova tecnologia”.
O ministro mostrou-se muito firme em suas palavras e não só afirmou que as criptomoedas serão o futuro do dinheiro como novo setor também trará qualidade para a indústria.
“[A Blockchain] antes era apenas um vácuo e agora torna as criptomoedas no futuro inevitável do dinheiro, mais transparente, e ajuda a filtrar bons frutos de negócios ruins”, disse.
Os elogios do primeiro-ministro ao novo mercado não vêm por acaso. Malta é um dos países mais acolhedores das criptomoedas e da tecnologia blockchain, além de ser o país preferido do CEO da Binance, Changpeng Zhao, que a partir de solo maltês vai expandir os negócios da empresa para quase todos os continentes.
Indiretamente, Malta hostiliza diversos países, como China, Índia, que não abrem mãos de suas rigorosas políticas financeiras.
Os malteses já receberam as exchanges Binance, Bleutrade e Okex que certamente buscavam por uma jurisdição tranquila para que pudessem trabalhar e crescer sem se preocupar com pressões de governos que insistem que esses mercados operam fora da lei.
Leis favorecem
Além da disposição de tornar-se a ‘ilha blockchain’, em junho deste ano, o Parlamento de Malta criou três leis ligadas ao novo setor, visando tornar o país o destino mais importante no desenvolvimento de soluções de tecnologia distribuída e para fomentar a criação de empresas no novo mercado.
Na ocasião, em seu perfil no Twitter, Silvio Schembri, secretário de Inovação Digital do Parlamento maltês, destacou que a aprovação foi unânime e que ele estava honrado em conduzir o processo.
Ele finalizou o tuíte com #BlockchainIsland, demonstrando a ambição do país em se tornar o centro global da nova tecnologia.
A Assembleia Geral das Nações Unidas é um dos seis principais órgãos da Organização das Nações Unidas (ONU) e o único em que todos os países membros têm representação igualitária.
Por: Wagner Riggs
Fonte: Portal do Bitcoin