TSE dá prosseguimento a ação do PT contra Bolsonaro, mas nega busca e apreensão em empresas

O ministro Jorge Mussi, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, deu prosseguimento à ação apresentada pela campanha do candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, contra o adversário Jair Bolsonaro (PSL), mas rejeitou todos os pedidos de investigação e quebra de sigilo feitos pelo PT.

O pedido foi apresentado pela campanha de Haddad em razão de reportagem publicada nesta quinta-feira (18) pelo jornal “Folha de S.Paulo”. A reportagem relata casos de empresas apoiadoras de Bolsonaro que supostamente compraram pacotes de disparo de mensagens contra o PT por meio do aplicativo WhatsApp. Essa prática, em tese, pode ser ilegal, caso seja considerada pela Justiça doação de campanha feita por empresas. Desde 2015, empresas estão proibidas de fazer doação eleitoral.

De acordo com a decisão de Jorge Mussi, a concessão de liminares (decisões provisórias) antes de se ouvir a outra parte deve ser feita com cautela, e o pedido do PT é baseado em reportagens jornalísticas que, segundo o ministro, não permitem neste momento demonstrar a veracidade das suspeitas.

Jorge Mussi destacou que a questão será analisada “em momento próprio”, durante o curso da ação.

O ministro determinou que Bolsonaro responda aos questionametnos do PT no prazo previsto em lei, de cinco dias consecutivos.

Na ação que ingressou contra Bolsonaro, o PT acusa o rival de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. O PT pede que, se eleito, Bolsonaro seja cassado e que, em qualquer situação, fique inelegível por oito anos.

Após a resposta de Bolsonaro, o corregedor vai analisar a necessidade de novas provas, e a ação ainda terá que ser julgada pelo TSE, em data ainda não prevista.

Bolsonaro nega

Bolsonaro nega irregularidades. Nesta quinta-feira, ao site O Antagonista, o candidato do PSL afirmou:

“Eu não tenho controle se tem empresário simpático a mim fazendo isso. Eu sei que fere a legislação. Mas eu não tenho controle, não tenho como saber e tomar providência. Pode ser gente até ligada à esquerda que diz que está comigo para tentar complicar a minha vida me denunciando por abuso de poder econômico.”

O presidente do PSL, partido de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, negou qualquer iniciativa do gênero, isentou a legenda e disse que Haddad, terá que provar a acusação.

Por: Mariana Oliveira e Renam Ramalho
Fonte: G1

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