O volume de negociação de bitcoin por meio do serviço peer-to-peer (P2P) LocalBitcoins cresce notavelmente na Venezuela e cada vez mais os residentes do país estão se voltando para o bitcoin como uma reserva de valor.
De acordo com o Crypto Globe, em publicação nesta terça-feira (13), os latino-americanos em geral têm aumentando o uso da plataforma LocalBitcoins, conforme dados recentes mostrados nos gráficos da Coin.Dance.
Argentina, Venezuela, Peru, Colômbia, Chile e México já representam quase 20% do volume global da LocalBitcoins.
No entanto, em comparação ao volume global da criptomoeda, o volume latino representa apenas 0,126%, afirmou o site.
A Venezuela presencia uma gigantesca quantidade de bolivares sendo trocados por bitcoin em níveis nunca vistos, um volume de BS 1,8 milhões (bolívar soberano), referentes a 1.100 btcs em 10 de novembro.
O fenômeno recente de adesão ao bitcoin no país do ditador Nicolás Maduro provavelmente é causado pela inflação venezuelana desenfreada.
Isso faz com que cidadãos criem maior interesse em uma moeda menos volátil que o bolívar e, mesmo com as oscilações dos preços, ainda é uma opção viável, diz o site.
Além disso, se alguém pretende deixar o país pode facilmente sair sem se preocupar com a patrulha de fronteira, levando apenas seu celular, pen drive ou até mesmo uma paper wallet dobrada entre os pertences.
No entanto, esse pico de volume não pode ser totalmente atribuído à rápida desvalorização do bolívar.
No início de outubro, houve o maior número de bitcoins negociados pelos residentes venezuelanos. Eles negociaram 1.089 BTCs num volume que, na ocasião, correspondia a US$ 7,1 milhões.
O serviço LocalBitcoins funciona como um mercado de balcão (OTC, na sigla em em inglês), onde os usuários negociam criptomoedas entre si diretamente.
Vendo o grande sucesso da plataforma, a empresa esbanja contentamento e rebate certos ceticismos em relação ao bitcoin, como numa publicação no Twitter há poucos dias que diz:
“A crescente reputação do bitcoin como reserva de valor e o crescimento que ele ainda está passando sugere que ele não está prestes a desaparecer”.