A Suécia, um dos países tecnologicamente mais avançados do mundo, logo se despedirá do papel-moeda e aceitará apenas pagamentos eletrônicos.
O país é conhecido como a primeira nação europeia a emitir o papel-moeda, em 1661, e também será a primeira nação do mundo, a introduzir sua própria moeda digital em 2021; tornando-se a primeira sociedade sem dinheiro vivo em 2023.
O momento histórico está marcado para março de 2023.
A partir desta data, o papel-moeda não será mais aceito e o único meio de pagamento será através da moeda digital, E-Krona.
Enquanto nos países do sul da Europa o dinheiro vivo continua a ser uma forma de pagamento bastante comum, o contrário acontece no Norte da Europa.
Na Suécia, 80% de todas as transações são feitas eletronicamente, através do cartão de crédito ou através do aplicativo para celular “Swish”.
E mais de 99% dos vendedores do país aceitam cartões eletrônicos.
O “Swish” surgiu em 2012, a partir de uma colaboração entre os seis maiores bancos suecos; e consiste em uma plataforma de pagamento móvel instantânea, que facilita o pagamento eletrônico de seus clientes.
Tanto as instituições financeiras quanto o governo sueco, encorajaram os cidadãos a se integrar na economia digital, com o resultado de que hoje o “Swish” é usado por metade da população sueca.
Há anos, o transporte público em Estocolmo parou de aceitar dinheiro: os bilhetes de transporte são pagos antecipadamente por meio de um aplicativo móvel, comprados com cartão de crédito ou em uma máquina de venda automática.
Cecilia Skingsley, vice-governadora do Banco Central da Suécia, o Riksbank, informou ao Financial Times que as principais razões para essa transição digital, são tornar as transações mais seguras, combater o comércio ilegal e a evasão fiscal.
Notou-se que nos últimos anos, os assaltos a bancos diminuíram consideravelmente no país, devido a diminuição da quantidade de dinheiro nos bancos.
Por enquanto, o mundo estará de olho na Suécia e observará os efeitos concretos da abolição do dinheiro vivo a partir de 2023.
Por: Thaís Garcia
Fonte: Conexão Política