A alta do preço do bitcoin tem aquecido o mercado de criptomoedas e uma demanda por equipamentos de mineração pode estar chegando mais forte do que nunca, segundo informações tanto de fabricantes quanto de pesquisadores.
Steven Mosher, por exemplo, que dirige globalmente o setor de vendas e de marketing da Canaan Creative, disse à Coindesk que a valorização do bitcoin resultou no aumento da demanda em um momento em que o estoque de equipamentos estava baixo. A Canaan fabrica as ASICs Avalon.
O executivo não quis revelar os números da empresa, mas garantiu que o estado atual é de pouco estoque e alta demanda.
Entretanto, ele deu pistas: “Parece um retorno às mesmas condições do terceiro e quarto trimestres de 2017, cuja a demanda era três vezes maior que a oferta”.
Naquela época, o preço do bitcoin já havia dobrado, mas continuou subindo até sua alta histórica, em dezembro, que foi cerca de US$ 20 mil.
Bitcoin valorizou quase 200%
De certo modo, o momento não está diferente agora e a valorização é de quase 200% desde fevereiro.
Após ultrapassar a casa dos US$ 10 mil (cerca de R$ 40 mil no Brasil) e nos últimos dias estar sendo negociado acima dos R$ 11 mil (quase R$ 45 mil), o mercado já tem dados mais que o suficiente para se entusiasmar.
A startup de pesquisa sobre mineração TokenInsight, que atua na China e no Canadá, explicou um dos motivos na falta de dispositivos.
Ela explica que quem faz mineração de bitcoin geralmente compra o equipamento e vai quitando a dívida com a criptomoeda extraída.
Normalmente, diz a startup, a pessoa quita o equipamento em um período de 120 a 280 dias. Ou seja, se a criptomoeda valoriza, diminui o tempo de liquidação.
Logo, como de praxe, o minerador já compra máquina. Com a recente alta, a empresa estima que o tempo para sanar o custo caiu entre 60 e 150 dias.