11 ações que estão “baratas” na Bolsa, segundo três gestores de recursos

Uma retomada mais lenta da economia brasileira, somada ao alto nível de ociosidade das empresas, pode indicar juros baixos por um maior período de tempo do que o imaginado, o que desperta mais oportunidades para ativos de renda variável no Brasil.

Essa é a avaliação de gestores que participaram do evento “Vida e Previdência Day”, da XP Investimentos, realizado em São Paulo nesta quarta-feira (11). Pedro Chermont, da Leblon Equities, Henrique Bredda, da Alaska Asset, e Felipe Hirai, da Dahlia Capital, destacaram otimismo com o cenário doméstico e com a Bolsa, e compartilharam as ações que consideram “baratas” e que estão em seus portfólios.

Entre os nomes mais atrativos atualmente, Chermont cita Lojas Renner (LREN3), por sua relevância no varejo brasileiro e pela boa performance operacional, e B3 (B3SA3), por sua posição monopolista e relevante no mercado de capitais brasileiro, que só tende a crescer, diz.

Mais otimista, Henrique Bredda, da Alaska Asset, afirma que a dificuldade hoje não está em encontrar ações baratas, já que disso a “Bolsa está cheia”, mas em escolher uma cesta minimamente administrável, que possua no máximo 16 ou 17 nomes.

Para fazer a seleção, Bredda diz separar os ativos entre boas empresas, com potencial para continuar a entregar bons resultados por mais tempo, e companhias atualmente com um mau desempenho, mas que tendem a apresentar uma virada.

Para a primeira categoria, o gestor do fundo Alaska Black cita os papéis de Magazine Luiza (MGLU3) e Rumo (RAIL3). Já entre as empresas que não estão no melhor momento, mas que têm potencial, Bredda pontua Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11), Kroton (KROT3) e Braskem (BRKM5).

“As empresas estão com pouco capex, não estão precisando investir mais, e mesmo com uma atividade econômica ruim, estão gerando caixa e pagando dívida”, diz.

Felipe Hirai, sócio gestor da Dahlia Capital, destaca que, em meio à expectativa de um baixo crescimento do Brasil nos próximos anos, a Selic continuará a cair e o dólar, a subir. Ele cita o setor elétrico como o mais atrativo neste cenário, beneficiado pela queda dos juros.

Os ativos favoritos da casa são Eneva (ENEV3), empresa vista com uma relação entre risco e retorno “excelente”, com TIR (Taxa Interna de Retorno) superior a 10% ao ano em termos reais; Light (LIGT3), que está passando por um processo de mudança na administração, que poderá contribuir para uma redução dos custos e melhorar a rentabilidade da empresa; e CPFL Energia (CPFE3), com TIR na casa dos 8% ao ano.

Estatais

Diante de um horizonte de aprovação de reformas e de privatizações, os gestores afirmam que vale a pena “perder tempo” analisando empresas estatais. “É um mar de oportunidade”, afirmou Bredda, que tem na carteira do Alaska Black os papéis de Petrobras.

Já Chermont conta que a Leblon não investia em estatais até 2016, mas que, com mudanças na administração das empresas, hoje o fundo possui 20% da carteira alocada em Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBSA3).

Apesar de reconhecer não gostar do setor bancário brasileiro, devido à grande concentração bancária que tem os dias contados, dado o avanço das fintechs e das plataformas de investimento, o sócio e gestor da Leblon afirma que a dinâmica própria de recuperação de resultados do Banco do Brasil sustenta a tese.

Fonte: Infomoney

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