Ibovespa e dólar operam sem direção entre dados da China e falas de Trump

O Ibovespa e o dólar operam sem direção nesta segunda-feira (30) divididos entre o otimismo por dados mais fortes da indústria chinesa e a cautela inspirada por falas do presidente americano Donald Trump que podem ser interpretadas como um endurecimento do discurso contra a China.

Os investidores também estão cheios de expectativas pela viagem da delegação chinesa liderada pelo principal negociador da China, Liu He, aos Estados Unidos para tratar da guerra comercial. A semana ainda reserva no Brasil a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Às 10h13 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha leve queda de 0,03% a 105.042 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial tem leve baixa de 0,05% a R$ 4,152 na compra e a R$ 4,154 na venda. O dólar futuro com vencimento em outubro tem leve alta de 0,12% a R$ 4,160.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 fica estável a 4,96%, ao passo que o DI para janeiro de 2023 recua um ponto-base a 6,04%.

Hoje no Twitter, Trump afirmou que os EUA finalmente perceberam as intenções da China de se tornar a maior potência econômica e militar do mundo e estão agindo para impedir isso. De acordo com o presidente dos EUA: “nós estamos vencendo e nós vamos vencer, eles [os chineses] não deveriam ter quebrado o acordo que tínhamos com eles”.

Entre os indicadores, a pesquisa Focus chancelou previsão de Selic abaixo de 5%. Projeções passaram de 5% para 4,75% para 2019, após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e Roberto Campos terem ocupado o noticiário na semana passada.

Ao mesmo tempo, a estimativa para o dólar foi elevada de R$ 3,95 para R$ 4 neste ano e de R$ 3,90 para R$ 3,91 em 2020, sem implicações significativas nas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para o Produto Interno Bruto (PIB), ficou mantida a previsão de 2%.

Também merece destaque na semana a conclusão do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, dia 2, sobre o direito dos delatados se manifestarem posteriormente aos delatores, em análise de caso relacionado à operação Lava Jato.

Já o ministro da Economia Paulo Guedes costura com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, o envio ao Congresso de um bloco de medidas para destravar a economia e auxiliar no ajuste fiscal. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o plano é conciliar uma “agenda da transformação” com as ações de curto prazo para fechar o orçamento de 2020, sem apelar a medidas como a recriação da CPMF.

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