Segundo informações recentes publicadas pelo The Wall Street Journal, as empresas Visa, Mastercard e outros parceiros financeiros envolvidos na construção e manutenção da rede de pagamentos do Facebook chamada Libra estão reconsiderando seu envolvimento após uma reação dos governos dos EUA e da Europa. Desconfiados com um possível escrutínio regulatório, executivos das empresas apoiadoras da Libra recusaram os pedidos do Facebook para formalizar apoio público.
A Associação Libra, que é a autoridade monetária controladora da Libra, cofundada pelo Facebook, diz que o objetivo da criptomoeda é “incluir bilhões de pessoas” sem acesso a contas bancárias e que, através da Libra, poderiam usar a moeda digital para transações. O Facebook esteve supostamente trabalhando ao lado de 27 parceiros desde o anúncio do lançamento da moeda digital. Supostamente, estavam envolvidos PayPal, Visa, Uber, Coinbase, Lyft, Mastercard, Vodafone, eBay e Spotify, e tinha como meta alcançar 100 membros envolvidos na Associação Libra até 2020.
No entanto, desde seu anúncio em junho, oficiais do governo e reguladores de todo o mundo estão contestando a iniciativa. As preocupações com a Libra decorrem, sobretudo, do histórico da empresa de mídia social em lidar com questões de privacidade. Também existem preocupações com uma potencial volatilidade, lavagem de dinheiro e proteção ao consumidor.
A Deputada Maxine Waters, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA, disse que o Facebook “demonstrou repetidamente desconsiderar a proteção e o uso cuidadoso desses dados”. O governo da Índia, terceira maior economia da Ásia, está considerando banir a utilização da criptomoeda.
Em julho, mais de 30 grupos, incluindo o Instituto de Política Econômica e o Instituto de Pesquisa dos Interesses Públicos dos EUA, também pediram ao Congresso e aos reguladores para impor uma suspensão das atividades até que a Associação Libra responda “questões significativas”.