O fundo soberano da Arábia Saudita investirá até US$ 10 bilhões – ou cerca de R$ 40 bilhões – no Brasil, conforme declaração conjunta feita pelos dois países nesta terça-feira (29).
O comunicado foi emitido logo após a reunião do presidente Jair Bolsonaro com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.
Ainda não há prazo nem setores de destino para os investimentos. Segundo Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, para que aconteça isso, um conselho será formado nos próximos meses com participação de representantes dos governos e da iniciativa privada dos dois países.
Já Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, destacou que o Brasil é o sexto país a receber investimento do fundo soberano. Os demais são: Estados Unidos, Japão, França, África do Sul e Rússia.
Apesar de não darem mais detalhes, Araújo e Lorenzoni afirmaram que o dinheiro provavelmente será direcionado para projetos de infraestrutura e agronegócio.
Bolsonaro está na Arábia Saudita, depois de passar por Catar e Emirados Árabes Unidos.
No Oriente Médio, o objetivo do presidente e sua comitiva de ministros é justamente atrair os investidores, em especial para os projetos de concessões e privatizações do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Os países dessa região são donos de grandes fundos soberanos em busca de oportunidades em países emergentes. Eles também são grandes compradores de produtos do agronegócio brasileiro e compradores promissores de produtos de defesa.
Amanhã (30), antes da viagem de volta ao Brasil, o presidente ainda deve participar de um fórum sobre investimentos futuros. A previsão é que ele chegue na quinta-feira (31) pela manhã em Brasília.
O presidente viajou no dia 19 e passou por cinco países da Ásia e Oriente Médio: Japão, China, Amirados Árabes Unidos, Catar e, por último, a Arábia Saudita.