O Ibovespa acelera perdas nesta quinta-feira (31) pressionado por bancos após os investidores ficarem decepcionados com o resultado do Bradesco, que cai mais de 4%. Itaú acompanha as perdas, recuando 3%, e Banco do Brasil tem queda de 0,8%.
Antes disso, a Bolsa já tinha desempenho negativo acompanhando o exterior após notícias de que oficiais chineses duvidam da possibilidade de um acordo comercial de longo prazo com os Estados Unidos. As informações levam as bolsas internacionais a registrarem baixas hoje.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu as taxas de juros em 0,5 ponto percentual, para 5,00% ao ano, e deixou claro que fará um novo corte da mesma magnitude em dezembro, levando a Selic a 4,5%. Apesar disso, o Banco Central desarmou as apostas de um ciclo ainda mais agressivo de reduções nos juros, frustrando casas de análise que já projetavam Selic abaixo de 4% em 2020.
Às 11h21 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha queda de 1,75% a 106.508 pontos.
Já o dólar comercial tem alta de 0,49% a R$ 4,0063 na compra e a R$ 4,007 na venda. O dólar futuro para novembro registra ganhos de 0,38% a R$ 4,003.
No mercado de juros futuros, refletindo o Copom, o DI para janeiro de 2021 sobe 12 pontos-base a 4,46%, o DI para janeiro de 2023 tem alta de 11 pontos-base a 5,42%. O DI para janeiro de 2025 avança quatro pontos-base a 6,04%.
As más notícias vindas da China se acrescentam ao súbito cancelamento da cúpula de países Ásia-Pacífico, programada para meados de novembro, no Chile, quando existia intenção de que chineses e americanos assinassem a primeira fase do acordo.
Mesmo que a causa seja a onda de protestos que ocorrem no país latino-americano, a decisão levanta dúvidas sobre quando e onde será que os presidentes americano, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, deverão se reunir.
Entre os indicadores, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) apontou que o trimestre encerrado em setembro terminou com uma taxa de desemprego de 11,8%, queda de 2% sobre o trimestre anterior e estável em relação ao mesmo período do ano passado. A população desocupada está em 12,5 milhões de pessoas.