O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou nesta terça-feira, 19, que a a desvalorização do real frente ao dólar não tem tido impacto sobre a inflação e que veio acompanhada pela melhora da percepção de risco por parte dos investidores. “Não houve piora nas expectativas de inflação, que é o que nos importa. Mas se a desvalorização cambial começar a afetar expectativa de inflação, teremos que fazer atuação diferente”, alertou.
Ele disse que parte da movimentação do câmbio tem se dado por efeito dos juros longos, com a substituição por parte das empresas de dívidas externas por dívidas internas.
“O câmbio é sempre notícia quando tem movimento. O que tem acontecido é um movimento de pré-pagamento de dívidas de empresas fora do País, como a Petrobras”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O presidente do BC citou ainda o projeto de hedge cambial para projetos de longo prazo, permitindo que ganhos e perdas se compensem no pagamento de impostos.