Anunciado em janeiro e com lançamento previsto para março, o financiamento imobiliário da Caixa com juro prefixado terá taxas mais altas pelo risco envolvido, disse o presidente da instituição, Pedro Guimarães, em entrevista ao Valor.
“Haverá prêmio de risco, sem dúvida, porque a TR tem esse amortecedor”, disse o executivo na entrevista. Ele defende que o tomador dessa modalidade estará totalmente livre do risco inflacionário, o que não ocorre nas duas modalidades de crédito que o banco oferece hoje (indexação pelo IPCA e, mais comum, pela TR).
Zerada desde 2018, a taxa referencial é definida pelo Banco Central de acordo com uma fórmula que leva em consideração o prêmio das Letras do Tesouro Nacional (LTN). Dependendo das movimentações da inflação, ela pode sair de zero, o que encareceria o financiamento imobiliário mais comum.
“As taxas que vamos oferecer são num nível onde a Caixa ganhe dinheiro”, complementou Guimarães.
A Caixa oferece atualmente taxa mínima de 6,5% ao ano mais TR (para quem tem relacionamento com o banco) e máxima de 8,5% a.a. + TR. Na modalidade atrelada ao IPCA, as taxas mínima e máxima são 4,95% e 5,95% a.a., respectivamente, mas o risco da inflação fica todo na conta do cliente.
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