Ações de Oi saltam com Vivo de olho na companhia; Cielo sobe até 8,5% com rumor de interesse da Stone

As ações da Petrobras (PETR3, R$ 31,15, +5,02%; PETR4, R$ 28,06, +4,35%) disparam na sessão desta segunda-feira com a disparada de cerca de 10% do brent e do WTI nesta manhã após os ataques às instalações da Aramco na Arábia Saudita.

Por outro lado, em meio aos fortes ganhos do petróleo, as ações de Gol (GOLL4, R$ 32,78, -5,67%) e Azul (AZUL4, R$ 47,90, -6,70%) despencam, uma vez que grande parte dos seus custos estão relacionados à cotação do petróleo, com os papéis GOLL4 chegando a cair até 8%.

Além de Petrobras, entre as altas, atenção também para a Cielo (CIEL3, R$ 8,12, +6,28%), chegando a subir até 8,5%, com a notícia de Lauro Jardim, do jornal O Globo, de que a companhia está em negociações com a Stone.

Também entre as altas, estão os ativos da Oi (OIBR3, R$ 1,11, +5,71%; OIBR4, R$ 1,58, +3,95%), que sobem forte com a notícia do jornal espanhol El Confidencial de que a Vivo (VIVT4, R$ 52,74, +1,80%) estaria de olho numa compra parcial ou total da companhia .

Confira os destaques:

Petrobras (PETR3;PETR4)

As ações da Petrobras sobem forte seguindo o avanço do petróleo. O ataque à unidade produtiva da petroleira da Saudi Aramco, na Arábia Saudita, por um drone, no final de semana, deve gerar uma perda na produção de cerca de 5,7 milhões de barris por dia de petróleo (bpd) da companhia, montante equivalente a aproximadamente 5% da produção mundial do óleo bruto. O evento chegou a elevar o preço da commodity em 13% na abertura dos mercados, com salto de até 19% em alguns mercados asiáticos, mas agora pela manhã, pelo horário de Brasília, houve uma desaceleração da alta, na faixa dos 8,5%.

A estatal de petróleo da Arábia Saudita espera restaurar ainda hoje cerca de um terço da produção interrompida devido ao ataque, disseram autoridades sauditas, o que representaria uma retomada de cerca de 2 milhões de barris. Para conter os efeitos do desabastecimento global de combustível, a Arábia Saudita e EUA informaram que pretendem liberar parte dos seus estoques estratégicos para manter a oferta da commodity.

De acordo com o UBS, contudo, a alta do petróleo é um dos dilemas dos investidores sobre a Petrobras, uma vez que está relacionada à sua capacidade de siga as variações internacionais de preços e a volatilidade da taxa de câmbio. Caso os preços no mercado interno subam muito, poderiam desencadear a reação em outras áreas da economia, como no caso dos caminhoneiros.

Ainda no radar da companhia, a Petrobras, em resposta à ofício da CVM, referente à informação de que estuda reunir gasodutos do pré-sal e abrir capital, publicada pelo Valor, esclarece que, “no âmbito de sua gestão ativa de portfólio, está constantemente estudando e analisando oportunidades de parcerias e desinvestimentos, em consonância com as estratégias traçadas no Plano Estratégico 2040 e Plano de Negócios e Gestão 2019-2023, divulgado em 05 de dezembro de 2018.”

Adicionalmente, a Petrobras informa que não há definição ou deliberação pelos órgãos internos da companhia sobre a mencionada reunião de todos os gasodutos marítimos do présal numa única empresa, e conclusão de uma reestruturação societária envolvendo tais ativos ainda este ano.

Ainda sobre a petroleira, o jornal O Globo trouxe que o governo pretende mudar o regime de exploração de áreas do pré-sal, atualmente leiloadas apenas no regime de partilha, apoiando o projeto do senador José Serra (PSDB-SP), onde a Petrobras perde o direito de exercer preferência por blocos a cada leilão na área. Segundo a publicação, a ideia é que se possa usar também o modelo de concessão, o que tem potencial para aumentar a arrecadação federal no curto prazo, com impacto positivo sobre as contas públicas.

A Petrobras informou que iniciou a etapa de divulgação da oportunidade de desinvestimento referente à venda da totalidade de suas participações em duas concessões terrestres, incluindo instalações de escoamento, denominadas Polo Cupiúba e Carapanaúba, localizadas no estado do Amazonas. Eles compreendem duas concessões terrestres, com instalações integradas, com produção média, em 2018, de cerca de 81 bpd de óleo e 82 mil m3/dia de gás. A Petrobras é operadora com 100% de participação.

A Petrobras aprovou ainda um plano de pessoal para empregados lotados em ativos/unidades em processo de desinvestimento, que prevê três ferramentas: Recrutamento Interno, Procedimento de Desligamento por Acordo (PDA) e um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) Específico. O plano de pessoal será apresentado aos empregados no início da fase vinculante de cada processo de desinvestimento.

Já o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) acompanha de perto as negociações salariais em empresas públicas como a Petrobras. A ideia é verificar se há riscos de greve, o que poderia gerar instabilidade e até comprometer o plano de privatizações do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ao Estado, o GSI confirmou que “acompanha” as tratativas. A assessoria de imprensa da pasta também informou que o ministro Augusto Heleno tem discutido o assunto com membros do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Uma das pautas é o acordo coletivo da Petrobras.

A estatal ainda informou sobre os resultados das ofertas privadas de troca e recompra de títulos globais efetuadas por meio da sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. – PGF.

Segundo a petroleira, detentores de títulos “exchange Offer” em valores equivalentes a US$ 6,075 bilhões trocaram seus atuais títulos por novos títulos com vencimento em 2030. Parte do pagamento por tais títulos será realizada em dinheiro, no valor total de US$ 2,782 bilhões, esclareceu.

A empresa informou ainda que, dentro da oferta de recompra, houve a entrega de US$ 49,535 milhões, cujo pagamento aos detentores dos títulos entregues e aceitos para recompra ocorrerá no dia 18 de setembro, acrescidos de juros capitalizados.

Cielo (CIEL3, R$ 8,11, +6,28%)

De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Cielo e a Stone andam negociando nas últimas semanas. Desta forma, há a possibilidade da Stone comprar a fatia do BB na companhia.

“Quem acompanhou de perto as conversas, que se davam entre a Stone e o Banco do Brasil, um dos dois sócios da Cielo (o outro é o Bradesco), diz que o interesse pelo negócio esfriou no momento do noivado. Mas que as portas para uma retomada das conversas mantêm-se abertas”, afirmou a coluna.

Vivo (VIVT4) e Oi (OIBR3;OIBR4)

Segundo o jornal espanhol El Confidencial, a multinacional espanhola Telefônica, controladora da Vivo, analisa uma potencial compra da Oi, sendo avaliada em US$ 6,7 bilhões (ou cerca de € 6 bilhões).

De acordo com o jornal, Telefônica já teria contratado um banco de investimentos para assessorar na compra parcial ou total da companhia. Entre os procurados, está o Morgan Stanley.

Marfrig (MRFG3)

Coluna Painel SA da Folha publicou que Japão, China, EUA e Argentina devem ser países para os quais a Marfrig deverá começar a exportar sua carne vegetal. No Brasil, a primeira grande rede de fast food a comercializar o produto foi a Burger King, o que gerou filas no lançamento em uma de suas lojas, em São Paulo, este mês.

Segundo a Folha, mesmo que o início dos embarques não tenha uma data definida, uma das vantagens da exportação da carne vegetal é que ela pode ser vendida até para países com embargo à proteína animal brasileira. A produção brasileira da Marfrig conta ainda com oportunidades por conta da capacidade da fábrica de Várzea Grande (MT), com logística e distribuição prontas, com escala e custo menor frente aos concorrentes.

CSN (CSNA3)

A CSN informou que a sua subsidiária Transnordestina Logística vem mantendo tratativas com o governo federal para a retomada de suas obras. “Contudo, não houve, até o presente momento, qualquer definição sobre essa questão, não existindo, portanto, qualquer fato a ser divulgado ao mercado nos termos da legislação em vigor”, afirmou a empresa, após ser questionada pela CVM por conta de reportagem do jornal Valor.

GPA (PCAR4)

O GPA comunicou que a sua subsidiária Sendas protocolou o pedido de autorização da oferta pública de aquisição de até a totalidade das ações de emissão do Éxito S.A. perante a Superintendência Financeira da Colômbia, ao preço de 18.000 pesos colombianos por ação de Éxito.

Braskem (BRKM5)

A Braskem comunicou que contratou estudos técnicos especializados e independentes com o objetivo de avaliar o Relatório n.1 apresentado pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM sobre o fenômeno geológico ocorrido em Maceió.

Os estudos, conduzidos pela Universidade de Houston, pela Fundação COPPETEC e por um grupo de renomados professores brasileiros e estrangeiros, apontaram “divergências com relação às metodologias adotadas e às conclusões do Relatório CPRM”.

Segundo os estudos, com os dados disponíveis até então, não é possível determinar as causas da instabilidade do solo nos bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Maceió, como afirmado no Relatório CPRM.

“A Braskem segue colaborando com as autoridades na identificação das causas dos eventos geológicos, com apoio de especialistas independentes, e comprometida na implementação das soluções”, finalizou.

Banco Inter (BIDI11)

O Banco Inter informou que seus sócios celebraram com o SoftBank Group Corp, sociedade constituída de acordo com as leis japonesas, um acordo de acionistas. Segundo o fato relevante, o SoftBank e seus veículos de investimento atingiram participação equivalente a 14,94% do capital social do Inter, passando a deter, de forma agregada, 35 milhões de certificados de depósitos de ações, representativos cada um de 1 ação ordinária e 2 ações preferenciais (Units).

Dessa forma, o SoftBank passará a ter determinados direitos. O primeiro será o “registration rights”, que prevê a obrigação do banco de, observadas determinadas condições, viabilizar o registro de ofertas públicas de ações de emissão do banco no Brasil e nos Estados Unidos. Isso se encerrará a partir do primeiro dos seguintes eventos: decurso de 5 anos contados da realização de uma oferta qualificada ou a partir do momento em que o SoftBank passar a deter 5% ou menos do capital social do banco após a realização da oferta pública inicial nos Estados Unidos.

O segundo direito será o apontar um membro para eleição do conselho de administração do banco enquanto possuir pelo menos 5% do capital social do Banco Inter.

O SoftBank é um conglomerado multinacional com foco em tecnologia, com valor investido acima de US$ 400 bilhões. Entre os maiores investimentos do SoftBank estão empresas como Uber, Alibaba, ARM e mais de 90 outras empresas de internet e tecnologia disruptiva

“O referido acordo foi celebrado em decorrência do know-how, capacidade técnica e experiência que o SoftBank poderá contribuir ao Banco”, diz.

Cielo (CIEL3)

As vendas no varejo brasileiro cresceram 2,3% em agosto, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o ICVA apresentou alta de 5,7%.

O resultado do mês foi beneficiado na comparação com o mesmo mês do ano passado porque houve um sábado a mais, dia de vendas fortes, e uma quarta-feira a menos ao ajustar o ICVA deflacionado para esses efeitos não recorrentes, a alta seria de 1,4%. O ICVA nominal, por sua vez, registraria alta de 4,8%.

“Esta pequena desaceleração de julho para agosto está em linha com a trajetória que observamos desde o início do ano. O ritmo de crescimento do varejo vem arrefecendo. Parece que lojistas e consumidores ainda esperam uma melhora no cenário macroeconômico”, afirma o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.

Banrisul (BRSR6)

O governo do Rio Grande do Sul solicitou ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) que convoque Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para que os acionistas deliberem sobre um programa de Units da instituição financeira.

A AGE só deverá ser convocada após a oferta subsequente de ações (follow on), anunciada oficialmente na última terça-feira (10). A operação envolve uma oferta secundária de 96.323.426 ações ordinárias, que deve movimentar cerca de R$ 2 bilhões.

Positivo Tecnologia (POSI3)

A Positivo Tecnologia informou que considera realizar uma oferta pública de distribuição primária de ações no Brasil e no exterior. “A efetiva realização da oferta, assim como seus termos e condições, incluindo, o volume a ser captado, o preço por ação e o cronograma para a sua implementação, estão sob análise da Companhia”, afirmou a empresa, em fato relevante.

Helbor (HBOR3)

A incorporadora Helbor avalia a possibilidade de realização de uma possível oferta pública primária subsequente (follow-on) de ações ordinárias de emissão da companhia. Em fato relevante, a empresa diz que engajou o Banco Bradesco BBI, o Banco BTG Pactual e o Banco Itaú BBA para atuarem como coordenadores da potencial oferta.

“Até o presente momento, a companhia não definiu os termos e condições, ou mesmo aprovou a efetiva realização de qualquer potencial oferta pública de distribuição de ações, ou quaisquer outras possíveis operações para captação de recursos, tampouco os termos e condições em que isso ocorreria”, acrescentou.

Rumo (RAIL3)

A Rumo irá realizar uma oferta de debêntures no montante, inicialmente, de R$ 1 bilhão, sem considerar papéis adicionais. Segundo a empresa, a totalidade dos recursos captados serão transferidos às suas controladas Rumo Malha Sul e a Rumo Malha Central no valor, respectivamente, de R$ 203 milhões e R$ 797 milhões.

“Os recursos captados pela emissora em decorrência das debêntures adicionais, caso emitidas, serão transferidos em sua totalidade à Rumo Malha Central”, acrescentou.

De acordo com o prospecto, a Rumo Malha Sul e a Rumo Malha Central destinarão os recursos aos seus respectivos projetos de investimento em infraestrutura na área de transporte e logística no setor ferroviário.

A emissão deva representar aproximadamente 25,28% das necessidades de recursos financeiros do Projeto Malha Sul e 29,26% das necessidades de recursos financeiros do Projeto Malha Central.

A Rumo informou ainda que, em razão da oferta de debêntures, os administradores da companhia optaram por descontinuar a divulgação de projeções financeiras (guidance).

Kroton (KROT3)

O Itaú BBA introduziu um valor justo de R$ 14 para as ações da Kroton para 2020 e reiterou a recomendação “outperform”. Segundo a analista Susana Salaru, o modelo incorpora o novo formato de divulgação da empresa e os resultados mais recentes.
O relatório destaca ainda que, em relação às sinergias operacionais, há “vantagens interessantes”, que apoiam a recomendação positiva, assim como deixa espaço para possíveis revisões de alta.

“Os resultados operacionais provavelmente apoiarão o desempenho das ações no segundo semestre, dada a nossa expectativa de melhorar os números de consumo e, talvez o mais importante, de incentivar dados sobre o desempenho de vendas do ensino fundamental e médio para 2020.”

Unidas (LCAM3)

A Unidas e a Companhia de Locação das Américas farão uma emissão de debêntures simples no montante total de R$ 200 milhões. A emissão será destinada exclusivamente a investidores profissionais, dizem as empresas. Os recursos obtidos serão utilizados no curso normal dos negócios e destinados para reforço do caixa.

Klabin (KLBN11)

O sucesso do Nordeste como produtor e exportador de frutas levou a Klabin a decidir instalar uma fábrica de caixas de papelão ondulado em Horizonte (CE).

A primeira fase do investimento, já aprovada pelo conselho, tem um valor estimado de R$ 48 milhões.

Nessa primeira fase, a unidade produzirá apenas caixas de papelão ondulado, a partir de papel reciclado que virá de Pernambuco, onde a empresa tem outra fábrica, na cidade de Goiana, e fibras virgens que serão transportadas via cabotagem do Paraná e Santa Catarina.

Segundo Douglas Dalmasi, diretor da empresa, a Klabin também deve transferir a produção das regiões Sul e Sudeste para a nova fábrica.

Suzano (SUZB3)

A Suzano aprovou a realização de uma emissão de debêntures simples no valor de até R$ 1 bilhão, sob o regime misto de garantia firme e melhores esforços de colocação. O vencimento será em 15 de setembro de 2028.

A remuneração será de 100% CDI + spread de até 1,20% a.a., a ser definido após a realização do procedimento de coleta de intenções de investimento (Procedimento de Bookbuilding).

Os recursos líquidos obtidos pela companhia com a emissão serão integralmente utilizados no curso ordinário dos negócios.

Fonte: Infomoney

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