Após mais de um mês oscilando entre US$ 9.500 e US$ 11 mil, o Bitcoin passou a cair repentinamente na tarde desta terça-feira (24), perdendo o nível dos US$ 9 mil. Às 18h51 (horário de Brasília), o Bitcoin registrava perdas de 10,82% no acumulado de 24 horas, cotado a US$8.738 – após chegar a apresentar perdas de 25% mais cedo. No Brasil, o recuo era de 11,74%, para R$ 36.046, chegando ao seu menor nível desde junho.
No mesmo horário, todas as 20 maiores criptomoedas do mundo registravam queda, com destaque para o Bitcoin Cash, que recuava cerca de 22%. Entre as três maiores, o Ethereum recuava 18%, enquanto o Ripple tinha perdas de 12%.
Não havia de imediato uma explicação para este movimento repentino, mas especialistas apontaram para alguns fatores que podem justificar as perdas.
Segundo Safiri Felix, apresentador do programa Bloco Cripto, ocorreu uma liquidação de muitos contratos de investidores alavancados na ponta comprada.
Além disso, ele aponta para uma frustração dos investidores com os volumes de negociação da plataforma de contratos futuros da Bakkt, da Intercontinental Exchange (ICE) – dona da bolsa de Nova York. A novidade já havia empolgado investidores, e alguns especialistas apontavam que isso já estava precificado. Com os volumes desapontando, uma correção seria esperada.
Para se ter uma ideia, no primeiro dia de negócios, foram movimentados cerca de 71 bitcoins na Bakkt, enquanto na ocasião do lançamento da plataforma da CME foram 5.298 bitcoins.
Já o analista Marcel Pechman, disse ao Portal do Bitcoin que a queda pode estar relacionada com uma brusca queda de 40% no hashrate (poder de mineração) da rede. Segundo ele, especula-se que esta perda de hashrate poderia ocorrer por conta de uma queda de energia ou problemas de internet na China.