Em um painel dedicado exclusivamente à mineração de criptomoedas, os organizadores da Labitconf, evento que está ocorrendo esta semana em Santiago, Chile, reuniram grandes players globais deste mercado para discutir as características do ecossistema e como ele pretende se desenvolver caso o preço do Bitcoin (principal criptoativo da indústria de mineração) continue a cair. No palco estavam presentes Francisco De Osca, fundador da @Crytpominers, Jan Capek, CEO do slushpool.com, atualmente o terceiro maior pool de mineração do mundo com 13,3% do hashrate da rede do Bitcoin, Franco Amati, da Signatura, e Haijiao Li e Irene Gao, que integram a Bitmain, maior fabricante de hardware de mineração do mundo, e a AntPool, segundo maior pool de mineração com 13,5% de poder de hash, respectivamente.
Sobre a relação custo de mineração e rentabilidade, os palestrantes divergiram quanto aos valores mínimos relacionados à atividade, mas concordaram que a atividade de mineração deve continuar forte apesar da queda no preço e que os mineradores (que puderem) podem optar por guardar seus Bitcoins minerados esperando a próxima alta do mercado.
Apesar da presença de importantes atores da indústria de mineração, dois temas polêmicos não foram abordados pelos presentes. O primeiro deles relacionado ao recente declínio na dificuldade de mineração (que tem a ver com o número de máquinas que deixaram de minerar) e o halving programado para 2020, que vai cortar a recompensa dos blocos minerados pela metade, chegando a 6.25 Bitcoins por bloco.
Os representantes da Bitmain destacaram também que os melhores locais para exercer a atividade de mineração na América Latina são Paraguai e Argentina, excluindo a Venezuela (que tem a energia mais barata em todo o continente), por conta da instabilidade social e política que aflige a nação. No caso da Argentina, o principal lugar destacado pela empresa é a região do Ushuaia, conhecida como a Terra do Fogo, que vai abrigar um investimento de mais de US$240 milhões realizado pela BitPatagonia, na construção de duas fazendas de mineração na região.
Já no Paraguai, que abriga empresas de mineração como a CoinPy, do empresário brasileiro Rocelo Lopes, como mostrou o Criptomoedas Fácil, o governo nacional vem desenvolvendo um plano que vai permitir a criação da maior fazenda de mineração de Bitcoin do mundo, que terá um total de 50 mil m² de área dedicada à mineração. O projeto vem sendo desenvolvido em parceria com a Blockchain Technology Foundation (BTF).
Por: Cassio Gusson
Fonte: Criptomoedas Fácil
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