O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, usou o Twitter para criticar a imprensa, depois que capas de jornais e revistas trouxeram matérias envolvendo seu nome em polêmicas e denúncias nesta sexta-feira, 28. “Estamos na reta final para as eleições. Mais uma vez parte da mídia de sempre lança seus últimos ataques na vã tentativa de me desconstruir. O sistema agoniza, vamos vencê-lo”, escreveu o deputado na rede social.
O candidato está internado desde o último dia 7 de setembro no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, depois da facada que recebeu durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), no dia 6. A previsão era de que o capitão reformado deixasse o hospital nesta sexta-feira, mas uma infecção bacteriana adiou sua saída. O problema foi diagnosticado após a retirada do cateter que estava no braço do presidenciável.
O médico Antônio Luiz Macedo, que atende o candidato do PSL à Presidência, disse que o quadro é simples e não oferece perigo. Segundo Macedo, a bactéria encontrada foi um germe simples de pele, de “fácil tratamento”. Bolsonaro já recebe antibióticos específicos para bactérias da pele, que não são os mesmos administrados para o intestino.
Enquanto segue internado, as capas dos principais jornais trazem em suas manchetes as declarações do vice na chapa de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão (PRTB), que disse, durante palestra fechada em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que o 13º salário e o adicional de férias são “jabuticabas brasileiras” que precisariam ser revistas. Ele foi desautorizado pelo deputado federal, via Twitter, poucas horas depois que o assunto se tornou público.
Além disso, matéria de capa deste final de semana da revista Veja traz à tona um processo de mais de 500 páginas onde a ex-mulher do candidato do PSL nessa corrida presidencial, Ana Cristina Siqueira Valle, o acusava de furtar um cofre de banco, ocultar patrimônio, receber pagamentos não declarados e agir com desmedida agressividade. O fato teria ocorrido na separação do casal.
Ana Cristina, que hoje usa o sobrenome Bolsonaro e disputa uma cadeira de deputada federal pelo Podemos, foi ouvida pela reportagem e defendeu o ex-marido, argumentando que, quando alguém se sente magoado, fala coisas que não deveria.
A revista Época, por sua vez, mostra que uma produtora de vídeo que existe apenas no papel, no centro de Petrolina (PE), recebeu R$ 240 mil para produzir vídeos para TV e redes sociais da campanha de Jair Bolsonaro.
Conforme a reportagem, o valor corresponde a cerca de 20% do total gasto na campanha pelo candidato até agora. O endereço da produtora, de nome Mosqueteiros Filmes Ltda, recebeu visita da reportagem da revista, que encontrou apenas uma casa vazia com anúncio de venda.
Por: Márcio Rodrigues
Fonte: Terra.com