Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que pretende reduzir o juro do cheque especial para o patamar de 2% ao mês. Atualmente, a taxa praticada pelo banco é de 4,95% ao mês.
O executivo afirmou que sua equipe já está trabalhando nesse assunto para viabilizar a redução. A aposta é que a redução da inadimplência e um aumento na base de clientes viabilizará esse movimento.
O InfoMoney entrou em contato com a Caixa para entender melhor os planos do corte no juro, mas até o momento da publicação desta matéria não obteve resposta.
O cheque especial está sob os holofotes desde o anúncio das novas regras do Conselho Monetário Nacional (CMN), que estipularam teto de 8% ao mês para o juro da modalidade, o que equivale a 151,8% ao ano. Todos os bancos brasileiros obrigatoriamente já devem estar adequados à norma.
Vale lembrar que, pelas normas, os novos clientes de bancos brasileiros serão cobrados em até 0,25% sobre o limite do crédito mesmo que não façam uso do mesmo. Por ora, entre as maiores instituições financeiras do país, apenas o Santander cobrará a tarifa.
A expectativa do mercado é que após esse anúncio da Caixa, os bancos concorrentes também se movimentem no mesmo sentido para apresentarem cortes na modalidade.
Financiamento imobiliário prefixado
O executivo também comentou na entrevista que quer “revolucionar” o financiamento habitacional com a nova linha de crédito prefixada, que será lançada em março.
“Você vai poder contratar crédito de 30 a 35 anos e saber quanto vai pagar neste período”, afirmou Guimarães no anúncio da nova modalidade.
Hoje o banco oferece linhas de crédito corrigidas pela Taxa Referencial (TR) ou pelo índice oficial de inflação, o IPCA.
Guimarães acredita que a migração entre linhas de crédito imobiliário se multipliquem com o lançamento da terceira opção de financiamento.