Acostumadas a queimar caixa para crescer, as startups dos mais variados setores têm suas operações fortemente impactadas pelo coronavírus. “As últimas semanas foram difíceis para startups, muitas tiveram que demitir”, afirmou Florian Hagenbuch, CEO e fundador da startup imobiliária Loft.
Para o empreendedor, que também é fundador do fundo de capital de risco Canary, a crise atual vai trazer dois cenários diferentes para as startups brasileiras: aquelas que possuem caixa suficiente para passar por este momento mais crítico vão sair fortalecidas; por outro lado, aquelas que não estão capitalizadas e não conseguiram estruturar seu modelo de negócios devem desaparecer.
“A crise pode afetar negócios que pareciam sólidos, mas não eram. Por conta disso, o critério para investimentos em startups vai subir após o coronavírus. Os investidores estão mais criteriosos, mas os investimentos continuam. Inclusive a gente no Canary continua investindo”, explicou em live realizada pelo podcast Do Zero ao Topo.
Antes da crise atual, as startups viviam um de seus melhores momentos no país — captando investimentos de centenas de milhares. A própria Loft, que hoje atua na compra, reforma e venda de apartamentos, fez uma captação de US$ 175 bilhões no início deste ano.
Sobre a empresa, Florian afirma que, por conta do coronavírus, postergou os projetos de entrada em novas praças (cidades), mas o caixa robusto permite que a startup continue expandindo suas operações verticalmente — trazendo novos produtos e serviços para clientes.