Dólar cai e Ibovespa opera entre perdas e ganhos entre exterior calmo e operação do MP

O Ibovespa opera entre perdas e ganhos nesta quarta-feira (18) com poucas notícias ou indicadores capazes de mover o mercado com mais ênfase. Por outro lado, o dólar cai ainda em ajuste depois da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada ontem, que reduziu as apostas de que o Banco Central continue o ciclo de baixa de juros no ano que vem.

Vale lembrar, contudo, que hoje é dia de vencimento do índice futuro, o que deve gerar volatilidade.

Do lado político, o Ministério Público do Rio de Janeiro faz uma operação em endereços ligados a Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e a Ana Cristina Siqueira Valle, ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro.

Às 10h09 (horário de Brasília) o Ibovespa tem leve queda de 0,1%, a 112.501 pontos.

Já o dólar comercial caía 0,28% no mesmo horário, a R$ 4,0589 na compra e R$ 4,0609 na venda. O dólar futuro com vencimento em janeiro de 2020 registrava perdas de 0,28%, a R$ 4,057.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 tem queda de dois pontos-base a 4,65% e o DI para janeiro de 2023 recua quatro pontos, a 5,93%.

Em relação às investigações, mandados de busca e apreensão são cumpridos no Rio de Janeiro e em Resende, no sul do estado.

As medidas cautelares foram solicitadas em uma investigação que apura um possível esquema de lavagem de dinheiro e desvio de verba pública. A Promotoria suspeita de um esquema conhecido como “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) entre 2007 e 2018, época em que o filho do presidente ainda era deputado estadual e manteve Queiroz como seu funcionário.

Também no noticiário político, o Congresso Nacional aprovou no final da noite de ontem (17) o orçamento para 2020, em sessão conjunta da Câmara e do Senado. O orçamento agora segue para sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O orçamento de 2020 prevê receitas de R$ 3,68 trilhões, incluída a expectativa de receitas adicionais de R$ 7 bilhões que serão repassadas ao Tesouro pelas empresas estatais, informa a Agência Câmara. As despesas fixadas somam R$ 2,7 trilhões, já líquidas dos juros do refinanciamento da dívida pública, que deverão ser de R$ 917 bilhões.

O texto aprovado prevê que o índice que mede a inflação do Brasil, o IPCA, deverá ficar em 3,53% em 2020. A meta da taxa básica de juros (Selic) é de 4,40% ao ano; o câmbio projetado é de R$ 4 por 1 dólar americano (US$); a previsão é de um crescimento de 2,32% no PIB brasileiro em 2020.

Foi mantida em R$ 124,1 bilhões a meta do déficit fiscal para o governo federal em 2020, ligeiramente abaixo de 2019, quando foi de R$ 139 bilhões. Desde 2014, as contas públicas estão no vermelho.

Fundo eleitoral

O Congresso aprovou, em uma discussão separada da do orçamento de 2020 na noite de ontem, o Fundo Eleitoral para o próximo ano, que ficará um pouco acima de R$ 2 bilhões.

O Partido Novo queria reduzir o Fundo Eleitoral para R$ 1,3 bilhão, mas a Câmara aprovou a matéria original por 242 votos a favor e 167 contrários. A discussão nem chegou ao Senado. “Campanhas têm que ser mantidas por quem acredita na política e na democracia, por pessoas que apoiam os candidatos, e não pelo povo, que já paga muito imposto e não vê resultado nos serviços públicos”, disse o deputado federal Marcel Vam Hatten (Novo-RS).

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