O ano de 2019 foi particularmente bom para o comércio eletrônico eletrônico brasileiro. No ano passado, o setor apresentou um faturamento de R$ 61,9 bilhões, um resultado 16,3% maior do que o números registrados no período anterior de 2018.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Ebit | Nielsen, empresa global de mensuração e análise de dados.
O resultado final de 2019 superou a projeção do 40º Relatório Webshoppers, estudo sobre o comércio eletrônico brasileiro e considerado referência para os profissionais do segmento. A estimativa do estudo previa um faturamento de R$ 59,8 bilhões para o período.
Ainda de acordo com os dados da Nielsen, o número de pedidos no ano passado também foi maior que em 2018, totalizando 148,4 milhões de compras em 2019 frente a 122,7 milhões.
Porém, nem todos os números apresentaram crescimento. O valor médio do tíquete do varejo digital, métrica que apresenta o quanto cada cliente gasta em compras online, em 2019 ficou em R$ 417, um resultado que representa uma queda de 3,9% em relação aos números de 2018, quando o valor médio de compras era de R$ 434.
Para a Ebit | Nielsen, essa varação entre o valor médio do tíquete pôde ser verificado nos dias do evento da última edição da Black Friday, quando as vendas aumentaram, porém o valor médio desembolsado pelos compradores foi menor na comparação com 2018.
“Na análise dos últimos relatórios da Ebit | Nielsen, percebemos uma tendência de aumento do volume de compras via internet, com vendas cada vez maiores pelo canal mobile, como aconteceu na Black Friday – momento em que 55% dos pedidos foram feitos por meio de celulares e tablets”, explica Roberto Butragueño, Diretor de Atendimento ao Varejo e E-commerce, Nielsen Brasil.
“Isso, consequentemente, leva a um tíquete médio menor. Ou seja, temos um crescimento na frequência de compras, impulsionado por categorias de consumo mais dinâmicas”, completa Butragueño.
Expectativas para 2020
A estimativa da Ebit | Nielsen para o ano de 2020 é que o crescimento do e-commerce brasileiro deve se manter, puxado pela entrada de novos players, principalmente do setor de Alimentos e Bebidas, categorias que, de acordo com a consultoria, têm garantido a participação e fidelização de um consumidor mais frequente nas compras online.