Informações colhidas de 16 a 18 de setembro, margem de erro de 2 pontos percentuais
A última pesquisa foi divulgada pelo Datafolha na madrugada de 20 de setembro. Ela confirma a continuação da tendência de alta de Jair Bolsonaro e o crescimento de Fernando Haddad, já presentes na pesquisa Ibope publicada dois dias antes.
O avanço do petista mostra que, por enquanto, a transferência dos votos de Lula está acontecendo em alguma medida. Não é possível, porém, até que ponto esse movimento da campanha de Haddad conseguirá absorver a popularidade do ex-presidente.
Datafolha – divulgada dia 20 de setembro
- Jair Bolsonaro (PSL) – 28%
- Fernando Haddad (PT) – 16%
- Ciro Gomes (PDT) – 13%
- Geraldo Alckmin (PSDB) – 9%
- Marina Silva (Rede) – 7%
Informações colhidas em 18 e 19 de setembro, margem de erro de 2 pontos percentuais
Os adversários de Bolsonaro não haviam conseguido, desde o começo da campanha, conter o crescimento constante do deputado nas pesquisas. Em parte, por causa da facada: o risco de críticas duras a um candidato convalescente no hospital terem efeito contrário ao desejado era considerável.
Com o tempo, porém, o quadro clínico de Bolsonaro melhorou, e criticar o candidato ficou menos arriscado. Concomitantemente, outros políticos se viram situação difícil nas pesquisas e precisaram reagir – mais notadamente Geraldo Aclkmin e Ciro Gomes. Bolsonaro voltou a ser alvo de ataques de outros candidatos.
Essa ofensiva dos adversários, aliada a declarações desastradas do vice da chapa do deputado, general Hamilton Mourão (PRTB), e de seu guru econômico, Paulo Guedes, são as prováveis principais causas da interrupção na sequência de altas de Bolsonaro no levantamento do Ibope divulgado em 24 de setembro.
A pesquisa também mostra uma alta de Haddad, que encostou em Bolsonaro. Levando em conta a margem de erro, o petista pode ter 24% de intenção de voto, e o deputado, 26% (o cenário também pode ser de 30% para Bolsonaro e 20% para Haddad, por exemplo).
O avanço do ex-prefeito de São Paulo, porém, foi bem mais tímido que o registrado no levantamento anterior. Haddad ainda deve absorver votos transferidos de Lula e conquistados de outros políticos – a candidatura de Marina Silva, por exemplo, derreteu e provavelmente é uma fonte de eleitores para o crescimento do petista –, mas não é possível saber até onde o fenômeno vai e nem em qual velocidade se dará.
Ibope – divulgada em 24 de setembro
- Jair Bolsonaro (PSL) – 28%
- Fernando Haddad (PT) – 22%
- Ciro Gomes (PDT) – 11%
- Geraldo Alckmin (PSDB) – 8%
- Marina Silva (Rede) – 5%
Informações colhidas em 22 e 23 de setembro, margem de erro de 2 pontos percentuais
Dois dias depois, outra pesquisa do mesmo instituto foi publicada. Os dois líderes variam um ponto para baixo, dentro da margem de erro.
Como as informações dessa nova pesquisa foram colhidas num período com apenas um dia de diferença, era improvável que os resultados trouxessem alguma surpresa.
Ibope – divulgada em 26 de setembro
- Jair Bolsonaro (PSL) – 27%
- Fernando Haddad (PT) – 21%
- Ciro Gomes (PDT) – 12%
- Geraldo Alckmin (PSDB) – 8%
- Marina Silva (Rede) – 6%
Informações colhidas de 22 a 24 de setembro, margem de erro de 2 pontos percentuais
O destaque dos últimos dias de setembro foi o desentendimento público entre Jair Bolsonaro e seu vice, general Mourão. Mourão fez críticas ao 13º salário e ao abono de férias, declarações com potencial para causar estrago a qualquer candidatura.
Rapidamente, Bolsonaro reagiu, defendo com palavras duras esses direitos trabalhistas. O episódio passou a impressão de que a chapa do PSL não tem comando.
O caso se deu em 27 de setembro, momento em que a pesquisa Datafolha divulgada no dia 28 já tinha colhido parte de seus dados. Como o levantamento foi feito antes que os adversários da candidatura dos dois militares pudessem explorar o assunto, ainda não é possível saber se a trapalhada terá efeito negativo.
A pesquisa mostra as intenções de voto do candidato do PSL no mesmo patamar em que estavam no levantamento anterior.
A notícia boa para a campanha de Bolsonaro é que o candidato teve alta do hospital. Ele ainda precisará de repouso, mas, em casa, terá mais condições de tocar a própria candidatura. Mourão levou um enquadro, e deve submergir.
Fernando Haddad seguiu sua tendência de alta no Datafolha e passou de 16% para 22%.
Faltam 8 dias para a eleição, e as chances de algum dos outros candidatos ir para o segundo turno vão ficando mais remotas. As notícias de articulações para a próxima etapa se tornam menos raras.
Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, principalmente, deverão ser forças políticas relevantes ainda depois da primeira rodada nas urnas, caso confirmem as intenções de voto que têm hoje. Seus 11% e 10%, respectivame, serão cobiçados.
Datafolha – divulgada em 28 de setembro
- Jair Bolsonaro (PSL) – 28%
- Fernando Haddad (PT) – 22%
- Ciro Gomes (PDT) – 11%
- Geraldo Alckmin (PSDB) – 10%
- Marina Silva (Rede) – 5%
Informações colhidas de 26 a 28 de setembro, margem de erro de 2 pontos percentuais
Fonte: Terra.com