Os funcionários dos Correios farão uma greve por tempo indeterminado. Duas federações e os 36 sindicatos que representam cerca de 100 mil trabalhadores aprovaram a paralisação na noite da última terça-feira (11) em assembleias em diferentes estados do país.
A categoria é contra a privatização da empresa estatal, que foi incluída no programa de privatizações do governo Bolsonaro neste mês, e quer impedir uma redução de salários e benefícios.
O reajuste salarial de 0,8% gerou insatisfação nos funcionários. “A decisão foi uma exigência para defender os direitos conquistados, os salários, os empregos, a estatal pública e o sustento da família. A direção dos Correios se negou a negociar com os trabalhadores”, afirma a nota da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect).
A greve já começou em São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e na maioria dos estados do país, segundo a Findect.
Assim, a categoria informou que “infelizmente não restou alternativa” e para “manter nosso Acordo Coletivo, repor as perdas aos salários e manter os empregos” a greve é necessária.
Em nota, os Correios informaram ter participado de dez encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar propostas dentro das condições possíveis, “considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões”.
“As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso pela empresa”, diz a nota.
A empresa explicou, ainda, que no momento, o principal compromisso da direção dos Correios “é conferir à sociedade uma empresa sustentável”. “Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população”.
Fonte: Infomoney