O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira (6) pressionado pelas tensões entre Estados Unidos e Irã e também por dados fracos da economia chinesa. Apesar de Wall Street ter virado para alta nos últimos minutos de pregão, os investidores brasileiros não acompanharam o movimento.
Com isso, o principal índice da B3 caiu 0,7%, a 116.877 pontos com volume financeiro negociado de R$ 27,393 bilhões.
Já o dólar comercial teve alta de 0,22% a R$ 4,0634 na compra e a R$ 4,0643 na venda, enquanto o dólar futuro com vencimento em fevereiro tem leve variação positiva de 0,11%, a R$ 4,0675.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe um ponto-base a 5,29%, o DI para janeiro de 2023 avança três pontos a 5,84%, e o DI para janeiro de 2025 registra ganhos de quatro pontos-base, a 6,49%.
Durante o fim de semana, o governo do Irã afirmou que não irá mais respeitar os termos do acordo nuclear de 2015 e que seu programa de enriquecimento de urânio não terá limites. Já os Estados Unidos destacaram que atacarão 52 alvos iranianos se houver retaliação do país persa à morte do general da Guarda Revolucionária, Qassem Soleimani, na semana passada.
Colocando mais lenha na fogueira, o Parlamento do Iraque aprovou uma medida que expulsa tropas estrangeiras do território do país, inclusive as americanas. O presidente Donald Trump reagiu e disse que irá impor sanções econômicas ao Iraque, “como eles nunca viram antes” caso o governo de Bagdá prossiga na medida de fechar as bases militares estrangeiras.
Também no exterior, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da China desacelerou a 52,5 pontos em dezembro, abaixo dos 53,5 pontos em novembro, mas ainda acima da mínima de 8 meses alcançada em outubro.
Entre os indicadores nacionais, a pesquisa Focus do Banco Central mostrou que o mercado agora projeta uma taxa básica de juros (Selic) maior para 2021, de 6,50% ao ano. No último Focus de 2019, a perspectiva era de que a Selic seria de 6,38% em 2021. Para 2020, a previsão do mercado para a Selic manteve-se inalterada em 4,50% ao ano, como na última pesquisa.
Já a projeção de inflação em 2019, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 4,17% para 4,20%. A previsão para os Produtos Internos Brutos (PIBs) de 2019, 2020 e 2021 não foram alteradas de uma semana para cá, mantendo-se, respectivamente, em expansão de 1,17%; 2,30%; e 2,50%.
A projeção do mercado para a taxa de câmbio mudou ligeiramente para 2020, de R$ 4,08 para R$ 4,09 por dólar americano. Para 2021, permaneceu inalterada em R$ 4 por dólar americano.