Ibovespa engata alta e se aproxima da máxima histórica acima dos 105 mil pontos

O Ibovespa engata alta nesta terça-feira (15) seguindo o desempenho das bolsas americanas, que deixaram de lado as preocupações com o acerto de detalhes no acordo comercial entre Estados Unidos e China, e repercute os fortes resultados no começo da temporada do terceiro trimestre. Destaque para o lucro do JP Morgan, que superou estimativas dos analistas.

Segue no radar, contudo, a cautela porque os chineses estão esticando a corda para que os EUA não levem a cabo o aumento de tarifas previsto para dezembro.

Por aqui, os investidores acompanham com apreensão as investigações da Polícia Federal sobre o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE). A PF cumpre mandado de busca e apreensão na casa do deputado, investigando o desvio de dinheiro de candidaturas laranjas pelo partido nas últimas eleições. Este é mais um capítulo do esgarçamento das relações entre Bivar e o presidente Jair Bolsonaro, também do PSL.

Além disso, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, aprovou por unanimidade o relatório do senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre a divisão dos recursos do megaleilão do pré-sal em novembro. Não houve alterações no texto da cessão onerosa que veio da Câmara dos Deputados. O projeto agora será encaminhado para o plenário. Passada essa etapa, fica livre o caminho para a reforma da Previdência ser votada em segundo turno no plenário do Senado no dia 22.

Às 12h40 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha ganhos de 0,6% a 104.925 pontos. Na máxima do dia, o índice bateu 105.047 pontos, aproximando-se da máxima histórica de fechamento, atingida em 10 de julho, quando a Bolsa fechou cotada em 105.817 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial registra alta de 0,51% a R$ 4,1472 na compra e a R$ 4,1497 na venda. O dólar futuro para novembro subia 0,58% a R$ 4,1545.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 sobe três pontos-base a 4,60% e o DI para janeiro de 2023 tem alta de sete pontos-base a 5,61%.

Entre os indicadores, na China, o índice de preços ao consumidor subiu 3% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, pouco acima das expectativas, mas no nível mais elevado em seis anos, por conta do aumento do preço da carne suína, que aumentou quase 70%, como consequência dos efeitos do surto de peste suína africana. O índice de preços ao produtor, por sua vez, recuou 1,2%, em linha com as expectativas.

Já o Fundo Monetário Internacional (FMI), reduziu sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2020 para 2%. No mundo, a expectativa da instituição é de que a atividade se expanda em 3% este ano.

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