Ibovespa engata queda seguindo desempenho fraco do exterior; Dólar sobe

O Ibovespa (IBOVESPA) engata queda nesta terça-feira (19), acompanhando o desempenho das bolsas internacionais, que após iniciarem o dia em alta, perderam força perto da hora do almoço e desde então só estenderam as baixas.

Nos Estados Unidos, as ações da Home Depot desabam 5% depois de um resultado decepcionante das suas vendas nas mesmas lojas, tirando pelo menos 80 pontos do índice Dow Jones.

Além disso, os investidores estão apreensivos com o andamento das negociações entre Estados Unidos e China para um acordo comercial.

Por outro lado, a nova extensão concedida por Washington para permitir que as empresas americanas continuem fazendo negócios com a chinesa de telecomunicações Huawei ajuda a amenizar o cenário de incertezas.

Às 13h14 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha baixa de 0,52% a 105.713 pontos. Já o dólar comercial sobe 0,14% a R$ 4,2112 na compra e a R$ 4,2119 na venda. O dólar futuro com vencimento em dezembro registrava leves perdas de 0,07%, a R$ 4,215.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 fica estável a 4,68% e o DI para janeiro de 2023 avança cinco pontos-base a 5,84%.

No Brasil, o destaque fica por conta do envio da proposta de reforma tributária, que deverá chegar nos próximos dias ao Congresso, movimentou deputados e senadores, que vão tentar compatibilizar o pacote preparado pelo Governo, com outras duas propostas em tramitação no Legislativo, diz o jornal O Estado de S.Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a primeira fase da reforma, que trata da unificação do PIS e da Cofins, já está fadada à derrota. “Não passa. Esse assunto está parado há dois anos”, afirmou.

Na Economia, os investidores ainda interpretam as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participou de audiência no Senado. “A inflação está bastante baixa e bastante estável tanto no curto, médio e longo prazo”, disse aos senadores, sem se estender no assunto câmbio após o dólar fechar acima de R$ 4,20 pela primeira vez na história.

“O Brasil está se reinventando com dinheiro privado e o mercado tem finalmente a compreensão de que o governo tem um programa fiscal sério que vai atingir o equilíbrio das contas públicas”, afirmou.

Campos Neto afirmou que os investimentos somente públicos são ineficientes. “O dinheiro público como máquina de crescimento bateu no muro”, disse.

Ainda não se sabe se o BC está confortável com essas flutuações e muitos investidores apostam que a autoridade monetária deverá intervir no câmbio.

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