O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (23), renovando pela terceira vez consecutiva a sua máxima histórica. O fator que impulsionou a Bolsa foi o encerramento da votação da Previdência, concluída após acordo para a votação de destaque apresentado pelo PT e que tinha gerado impasse na sessão da véspera. Agora, a nova Previdência está oficialmente aprovada no Congresso e só precisa ser promulgada para começar a valer.
Com isso, o principal índice da B3 registrou ganhos de 0,15%, a 107.543 pontos com volume financeiro negociado de R$ 16,888 bilhões.
A aprovação da reforma levou o dólar a fechar perto da mínima do dia, terminando o pregão com queda de 1,05% a R$ 4,0322 na compra e a R$ 4,0329 na venda. É o menor valor da moeda americana em dois meses. O dólar futuro com vencimento em novembro registra queda de 1,15%, a R$ 4,036.
O destaque do PT visava diminuir os prejuízos na aposentadoria de trabalhadores que exercem atividades com grau de periculosidade – pleito de parlamentares ligados a vigilantes e guardas noturnos.
Após o acordo costurado, o destaque foi aprovado por unanimidade, com o compromisso de que o tema que será regulamentado posteriormente por meio projeto de lei complementar apresentado pelo governo.
Ontem, o texto-base da reforma já havia sido aceito por 60 votos contra 19 em segundo turno no plenário do Senado. O secretário da Previdência, Rogério Marinho, afirma que a alteração feita no caso dos vigilantes não muda o impacto fiscal de R$ 800,3 bilhões economizados em dez anos.
Já os contratos de juros futuros registravam leve baixa. O DI para janeiro de 2021 cai dois pontos-base a 4,51% e o DI para janeiro de 2023 registra perdas de cinco pontos-base a 5,47%.
O congresso nacional demorou 244 dias para aprovar a reforma.