O Ibovespa terminou a sessão desta segunda-feira (21) no seu maior patamar histórico de fechamento. O índice subiu 1,23% a 106.022 pontos com volume financeiro negociado de R$ 18,794 bilhões. O antigo recorde era de 105.817 pontos, atingido no dia 10 de julho deste ano.
O que impulsionou o Ibovespa na reta final do dia foi o exercício de opções sobre ações ocorrido no período da tarde, de modo que mesmo sem notícias tão fortes do lado positivo, a Bolsa destravou a tão antecipada corrida aos 106 mil pontos.
Já o dólar comercial subiu 0,27% a R$ 4,1298 na compra e a R$ 4,1305 na venda. O dólar futuro para novembro avança 0,46% a R$ 4,136.
Hoje, o câmbio foi muito afetado pela crise política no Chile, que já registra um saldo de 11 mortos nas manifestações contra o aumento nos preços de transporte no país. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou que o país está “em guerra” contra os “criminosos” responsáveis pelos protestos violentos que começaram na sexta-feira (18).
A violência no país impacta emergentes como um todo, já que as cestas de fundos estrangeiros que investem nesses países costuma sofrer com a desconfiança do investidor sempre que uma das nações enfrenta problemas.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 recua um ponto-base a 4,46% e o DI para janeiro de 2023 tem queda de três pontos-base, a 5,42%.
Fora do vencimento de opções, esta segunda foi um dia marcado por notícias conflitantes no cenário externo. Por um lado, é positiva para o mercado a declaração do presidente Donald Trump de que espera assinar o acordo comercial com a China no Chile entre 16 e 17 de novembro. Por outro, causam preocupação as incertezas em torno do Brexit.
No final de semana, o Parlamento britânico frustrou expectativas de que fosse aprovado o acordo negociado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, com a União Europeia. O premiê foi derrotado por 322 votos a 306. O cenário agora envolve duas hipóteses: ou o Reino Unido sai sem acordo ou a UE adia o prazo de 31 de outubro para o Brexit.
O presidente Jair Bolsonaro, ao chegar no Japão, disse que “o bem vencerá o mal”, em referência à disputa interna dentro do seu partido, o PSL.