Ibovespa sobe 2% e dólar cai mais de 1% por otimismo com Bolsonaro no 1º turno

O mercado brasileiro deu continuidade ao movimento de otimismo com o avanço de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas eleitorais após os dados do Datafolha confirmarem o cenário mais favorável para o deputado na corrida eleitoral. Parte dos investidores começa a considerar uma vitória do deputado já no primeiro turno, que ocorre no domingo (7). Ações da Petrobras (PETR4; PETR3) e de bancos dispararam com otimismo generalizado e papéis atrelados ao dólar, como os da Suzano (SUZB3) derreteram com a queda do dólar.

O Ibovespa alcançou 85.442 pontos na máxima do dia, mas desacelerou e encerrou o pregão em alta de 2,04%, para 83.273 pontos, seu maior patamar desde 17 de maio, quando fechou em 83.621 pontos.  O movimento mais atenuado ocorreu por conta do exterior, que trouxe uma onda de venda dos Treasuries americanos, que levou a taxa dos títulos de 10 anos ao maior nível desde 2011, num movimento provocado por dados econômicos dos EUA acima do esperado. Já o contrato de dólar futuro com vencimento em novembro tinha queda de 1,38%, cotado a R$ 3,896, o menor valor desde o início de agosto. O dólar comercial caiu 1,09%, cotado a R$ 3,891 na venda. O real foi a única moeda que mostra valorização ante o dólar hoje.

No exterior, as bolsas europeias encerraram em alta, recuperando-se da aversão ao risco do pregão anterior com receios em relação à Itália. Notícia de que o governo italiano cedeu às pressões na União Europeia para que o país reduza sua meta de déficit fiscal impactam positivamente as ações por lá.

Os índices em Wall Street ensaiaram uma recuperação das perdas diante da dissipação do temor com a Itália na véspera e os dados otimistas do mercado de trabalho.

O preço do petróleo tipo WTI alcançou o patamar de US$ 76 e o tipo Brent saltou para US$ 85 no terceiro dia seguido de altas diante das expectativas de oferta mais apertada da commodity com as sanções dos Estados Unidos ao Irã previstas para entrar em vigor a partir de novembro.

Pesquisa Datafolha

O Datafolha foi divulgado na noite de ontem e mostrou Jair Bolsonaro (PSL) subindo de 28% para 32%, enquanto Fernando Haddad (PT) oscilou para baixo, passando de 22% para 21%. A diferença entre os dois chegou a 11 pontos percentuais. No Ibope de ontem, a diferença era de 10 pontos, com o deputado do PSL chegando a 31%, contra 21% do petista. Considerando-se apenas os votos válidos, Bolsonaro tem 38% ante 25% de Haddad. Para se eleger no primeiro turno, são necessários 50% mais um.

No terceiro lugar, e cada vez mais distantes, aparecem empatados tecnicamente Ciro Gomes (PDT), que manteve o patamar de 11% das intenções, e Geraldo Alckmin (PSDB) que voltou a oscilar para baixo, saindo de 10% para 9%.

Bolsonaro não só aumentou sua liderança, como vê sua situação em eventuais cenários de segundo turno melhorar. Contra Haddad, seu principal concorrente, o Datafolha agora coloca o deputado numericamente à frente do petista, 44% x 42%, mas ainda empatado tecnicamente.

Os investidores seguem ainda na expectativa da divulgação de nova pesquisa Ibope prevista para esta noite.

Destaques da Bolsa

Estatais como Eletrobras (ELET3;ELET6), Petrobras (PETR3;PETR4) e bancos como Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), mais sensíveis ao cenário eleitoral, encerraram em alta. As quedas incluem os papéis da Suzano (SUZB3) e Fibria (FIBR3), que registraram maior baixa em meio à queda do dólar, assim como a Bradespar (BRAP4).

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Por: Weruska Goeking
Fonte: Infomoney

Editorial MercadoMoeda

http://mercadomoeda.com

See author's posts