Ibovespa sobe 2,6% na semana e dólar volta a R$ 4,16 com dados da China

O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (17) e terminou a semana com ganho de 2,58%, enquanto o dólar avançou 1,73% no mesmo período. Os últimos cinco dias foram marcados pela assinatura da primeira fase do acordo comercial entre Estados Unidos e China e por indicadores econômicos mistos no Brasil.

Enquanto as vendas no varejo tiveram só metade do crescimento esperado pelos economistas do consenso Bloomberg, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,18%, acima das projeções do mercado.

Nesta sexta, o grande driver da Bolsa foram os dados positivos da China. O Ibovespa teve alta de 1,52% hoje, a 118.478 pontos, o segundo maior valor histórico do índice, com volume financeiro de R$ 20,613 bilhões. A máxima segue como a do dia 3 de janeiro, quando a Bolsa terminou em 118.564 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial caiu 0,63% nesta sexta-feira, para R$ 4,1641 na compra e R$ 4,1648 na venda. O dólar futuro com vencimento em fevereiro teve queda de 0,57%, para R$ 4,165.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 teve queda de três pontos-base, a 5,05%, enquanto o DI para janeiro de 2023 caiu também um ponto-base, para 5,64%, e o DI para janeiro de 2025 recuou cinco pontos-base, para 6,36%.

O Produto Interno Bruto (PIB) chinês em 2019 cresceu 6,1%, em linha com as projeções, mas a produção industrial acelerou de 6,2% para 6,9% em dezembro e as vendas no varejo vieram acima das expectativas no mesmo mês, atingindo 8%, contra 7,8% esperados.

Os investimentos em ativos fixos, por sua vez, acumularam ganho de 5,4% ano, um pouco acima do esperado (5,2%) e do acumulado até novembro (5,2%). Para tanto, houve arrefecimento de infraestrutura e do setor imobiliário, mas os investimentos na indústria aceleraram, sugerindo melhores perspectivas para o segmento após acordo comercial com os EUA.

“Levando em conta esses resultados e os demais conhecidos nesta semana, parece que a transição para este ano será mais tranquila, diminuindo os riscos de surpresas negativas com o crescimento deste ano. O PIB deverá avançar 5,8% em 2020 e o governo chinês continuará estimulando a economia ao longo do primeiro trimestre, observando como será a reação após a assinatura da Fase 1 do acordo comercial com os Estados Unidos, que representa a remoção de importante incerteza”, destaca a equipe de análise econômica do Bradesco.

Também saíram indicadores macroeconômicos nos Estados Unidos. A produção industrial dos EUA caiu 0,3% em dezembro, ante expectativa de 0,2% segundo o consenso Bloomberg. Já a utilização de capacidade instalada caiu de 77,4% para 77% no mês.

No Brasil, as atenções se voltaram ao discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Universidade de Miami. Campos Neto disse que a etapa atual do ciclo econômico “recomenda cautela na condução” da taxa básica de juros.

“Os próximos passos [da política monetária] continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, apontou. A fala ganhou relevância adicional por conta da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de fevereiro.

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