Nubank recebe novo investimento e passa a valer quase R$ 40 bilhões

O Nubank recebeu US$ 400 milhões em aportes financeiros do fundo americano TCV e agora tem valor estimado em US$ 10 bilhões, informou nesta sexta-feira (26) o jornal O Estado de S.Paulo.

A fintech agora é a startup mais valiosa da América Latina, e a primeira brasileira a ser avaliada por esse valor sem recorrer à abertura de capital.

Na reportagem que divulgou em primeira mão os investimentos na fintech, o diário norte-americano Wall Street Journal classificou o Nubank como o mais novo “decacórnio” das startups mundiais.

Esta é a primeira vez que o TCV, um dos investidores mais importantes do Vale do Silício e responsável por aportes em empresas como Facebook, Netflix e Airbnb, coloca dinheiro em uma startup da América Latina.

A cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, afirmou ao Estadão que o parceiro norte-americano pode ajudar o grupo neste momento de crescimento acelerado.

Além do TCV, outros parceiros como Sequoia Capital, Redpoint Ventures e Tencent, também vão investir no Nubank. Esses recursos serão utilizados para continuar a expansão da fintech brasileira pela América Latina. Argentina e México já contam com escritórios da starup.

No México, as operações do Nubank devem começar até o fim deste ano, enquanto na Argentina, o banco chega no primeiro semestre de 2020. “Em alguns países da América Latina, deveremos ter um papel ainda mais importante do que temos no Brasil, pois os bancos estão muito atrasados”, disse Cristina ao jornal.

Há seis anos no mercado, o Nubank chega com a nova rodada de investimentos, a décima da história da startup, a marca de US$ 820 milhões em aportes.

O CEO e co-fundador do Nubank, o colombiano David Vélez, disse a Bloomberg que desde a rodada anterior, em 2018, após aporte de US$ 1,8 bilhões da chinesa Tencent, a base de clientes da startup mais do que dobrou, atingindo mais de 12 milhões de pessoas no Brasil.

A maior startup da América Latina agora chega próximo ao valor de mercado do banco BTG Pactual, que vale cerca de US$ 13 bilhões.

Forbes e Nubank

No início do mês, o site da revista americana Forbes já havia destacado o rápido crescimento do Nubank.

A revista cita as brasileiras 99 Taxis e Creditas como exemplos de companhias que também têm surfado na boa onda da economia móvel no país. A 99 recebeu US$ 100 milhões de dólares em financiamento em janeiro de 2018 e foi vendida à Didi, concorrente do Uber na China, em um negócio avaliado em US$ 1 bilhão.

Nove meses depois, foi a vez de o iFood receber US$ 500 milhões em financiamento, enquanto o Nubank, a startup mais valiosa da América Latina, negocia com investidores a possibilidade de receber aporte de US$ 1 bilhão.

Por: Portal do Bitcoin

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