Ofertas de ações atingem novo recorde ao encostarem nos R$ 90 bilhões em 2019

Com a definição de preço das ofertas de ações da Marfrig (MRFG3) e da Unidas (LCAM3), que juntas somaram cerca de R$ 5 bilhões, o volume das emissões na B3 encostaram em R$ 90 bilhões, novo recorde histórico da bolsa brasileira.

O maior volume havia sido registrado em 2007, ano de ouro do mercado de capitais no Brasil, quando dezenas de companhias estrearam na bolsa, totalizando um giro financeiro de R$ 70 bilhões. Essas comparações desconsideram o ano de 2010, quando a megacapitalização da Petrobras (PETR3;PETR4), de R$ 120 bilhões, distorce o resultado.

A Bolsa brasileira foi palco de 42 ofertas de ações, considerando a oferta subsequente (follow on) da Restoque, que define seu valor hoje. Desse total, foram apenas cinco ofertas iniciais de ações: Centauro (CNTO3), Neoenergia (NEOE3), Vivara (VIVA3), C&A (CEAB3) e banco BMG (BMGB4).

Ânimo. O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, disse ontem que o próximo ano deverá representar um novo recorde. Segundo o executivo, essa é a indicação se forem levados em conta os desinvestimentos do BNDES, por exemplo, e as ofertas iniciais de ações de subsidiárias da Caixa Econômica Federal.

De acordo com cálculos de bancos de investimento, o volume das ofertas de ações em 2020 pode superar a marca de R$ 120 bilhões. A projeção é de que, ao contrário do que se observou neste ano, as estreantes na bolsa ganhem um peso maior, o que pode ser notado no número de companhias que já estão com bancos contratados para estrearem como empresa de capital aberto.

Com o objetivo de chegar à B3 já no início de 2020, algumas companhias já estão com o pedido de registro feito na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), dentre elas a startup Locaweb, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará, Mitre e a Moura Dubeux, sendo as duas ultimas construtoras.

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