Volatilidade das eleições atrapalha a rentabilidade de alguns mercados, mas seu próprio comportamento também é o culpado .
Para muitos brasileiros, um cenário em que seus próprios candidatos não vençam as eleições parecem o fim do mundo. Graças a esta exacerbação, muitos estão tomando decisões equivocadas financeiramente – a níveis ainda mais elevados que o normal.
No programa Fundos Imobiliários desta sexta-feira (14), o professor do InfoMoney Educação Arthur Vieira de Moraes recebe a professora de economia e especializada em finanças comportamentais Paula Sauer para comentar o assunto.
Com carreira no Ibmec, a especialista estuda os efeitos do emocional em todos os momentos que exigem decisões financeiras. Em momentos de grande volatilidade macroeconômica, esta tendência tende a se exacerbar – e as redes sociais ampliaram os efeitos desse sentimento apocalíptico.
Para os especialistas, porém, é necessário lembrar que eleições ocorrem consistentemente a cada 4 anos, e normalmente não são capazes de abalar significativamente bons investimentos com bases sólidas. Considerando principalmente investimentos de longo prazo, não faz sentido deixar de confiar em apostas feitas com bom embasamento pelo crescimento ou queda de determinado candidato nas pesquisas eleitorais.
Imóveis vs. FIIs
Para além do momento conturbado, o emocional do brasileiro sempre foi um fator gerador de más escolhas no âmbito dos investimentos imobiliários.É por conta do emocional que a maioria dos brasileiros opta por comprar imóveis de tijolo ante fundos imobiliários, por exemplo, sem levar em conta as vantagens da segunda categoria.
“Se eu falo que tenho um apartamento, você vê. Mas um fundo imobiliário você não entende”, diz Sauer. “Também tem o [aspecto] cultural de olhar o imóvel como algo conservador, sólido, de família”, diz. “Mas tem risco de liquidez, de desvalorização. Questões que envolvem imóveis e você consegue minimizar com fundos imobiliários”, menciona a especialista.
Por: Paula Zogbi
Fonte: Infomoney