O candidato do PSL, Jair Bolsonaro apresentou um plano de 81 páginas, “O caminho da prosperidade”, propõe reduzir a quantidade de ministérios de 29 para 23, mas não especifica como será a nova organização. O plano define três linhas de ação: segurança e combate à corrupção; educação e saúde; e economia.
CT&I está nas propostas para a área de educação e saúde. Entre essas metas, o candidato afirma que priorizará a educação básica e técnica, apresenta um gráfico onde mostra que 30% dos gastos com educação vão para o ensino superior, e indica que é “preciso inverter essa pirâmide”.
Em seguida, Bolsonaro afirma que as universidades precisam gerar avanços técnicos para o Brasil, e devem buscar meios de elevar a produtividade, a riqueza e o bem-estar da população. Cabe às universidades também, de acordo com a proposta do candidato, desenvolver novos produtos, por meio de parcerias e pesquisas com a iniciativa privada, e fomentar o empreendedorismo “para que o jovem saia da faculdade pensando em abrir uma empresa”. E cita como exemplo a Coreia do Sul e o Japão.
O candidato propõe ainda:
- criar um ambiente favorável ao empreendedorismo no Brasil e, assim, valorizar talentos nacionais e atrair outros do exterior para gerar novas tecnologias, emprego e renda no País;
- as universidades, em todos os cursos, devem estimular e ensinar o empreendedorismo. O jovem precisa sair da faculdade pensando em como transformar o conhecimento obtido em enfermagem, engenharia, nutrição, odontologia, agronomia, etc., em produtos, negócios, riqueza e oportunidades;
- cada região do Brasil deve buscar suas vantagens comparativas: por exemplo, o Nordeste tem grande potencial de desenvolver fontes de energia renovável, solar e eólica;
- o Brasil deverá ser um centro mundial de pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio, gerando novas aplicações e produtos.
Bolsonaro ainda não abordou as criptomoedas, mas o seu filho, sim. Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSC-SP, publicou recentemente um vídeo em sua página do Facebook. Nesse vídeo, responde à pergunta sobre o que acha do Bitcoin, entre outras moedas digitais, e se em sua opinião as criptomoedas devem ser submetidas à regulamentação, taxação, ou mesmo ser proibida definitivamente.
Claro que, uma vez que seu pai, Jair Bolsonaro, é candidato, sua resposta certamente foi mais bem pensada. Prova é que o Eduardo, logo de início, esclarece que nunca abordou o assunto Bitcoin, criptomoedas em geral, ou blockchain com seu pai. Daí sim responde, inclusive apresentando um livro lido recentemente, o “Bitcoin: A moeda na era digital”, de Fernando Ulrich.
Um dos pontos altos do vídeo é a comparação com o Real e, claro, sobre o quanto uma criptomoeda pode ser descentralizada. Fato que, evidentemente, impacta na própria relação de poder do Estado com o Capital.
Eduardo, contudo, reforça que Bitcoin é tendência mundial, tendência que já está sendo mais aceita em outros países. Eduardo reforça a necessidade de discussão sobre o tema, embora se posiciona de duas formas: como cidadão e como representante.
Fonte: Jornal da Ciência
Por: Daniela Klebis