O Senado planta dificuldades que são normais no processo político. O Planalto deve correr atrás de resolvê-las.
Ainda assim, com mais ou menos atraso, não há cenário em que a reforma da previdência não termine em outubro.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado adiou a votação da última versão do relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB) sobre a reforma da Previdência.
Em acordo de líderes, foi decidido que o colegiado analisará a PEC na próxima semana no mesmo dia em que o texto for ao plenário.
Somente após a votação na CCJ é que o texto vai ao plenário da Casa. O acordo de líderes foi feito após o Senado adiar de hoje para amanhã a votação no plenário por causa da sessão do Congresso convocada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre.
Na prática, o que estamos ouvindo dos senadores é que não há prejuízo em questão de calendário.
A data prevista para finalizar a votação era o dia 10 de outubro, quando a PEC seria votada em segundo turno.
Com esse último atraso, a proposta ainda pode ser votada na semana que vem no plenário e, na semana seguinte, ser avaliada novamente para que seja enviada à promulgação.
O acordo foi feito por líderes de partidos de centro, direita e esquerda.
O novo atraso coloca a possibilidade de votação nos prazos previstos no limite, mas ainda permite que o cronograma seja seguido.
É crescente no Senado também a demanda por recursos, como fora prometido na Câmara por meio de emendas extra orçamentárias, problema com o qual o governo terá de lidar para que não tenha sobressaltos na votação.
Fonte: Infomoney