As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na manhã desta sexta-feira (23).
Entre os destaques do dia, os mercados operam com cautela à espera do pronunciamento de Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve, o banco central americano, em Jackson Hole, às 11h. A expectativa dos investidores é por uma sinalização de corte das taxas de juros, mas presidentes de Feds regionais já indicaram que a medida não seria necessária por enquanto.
Ainda no radar, a China anunciou mais uma retaliação contra os Estados Unidos, para rebater as barreiras impostas pelo presidente Donald Trump. Desta vez, as tarifas adicionais serão sobre US$ 75 bilhões em mercadorias americanas. Os produtos atingidos são essencialmente automóveis, que serão tarifados entre 5% e 25% pelos chineses.
Neste fim de semana, ainda será realizada reunião do G-7, na França, e o Brasil poderá entrar na pauta, em meio às repercussões internacionais dos incêndios na Amazônia. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse ontem que o problema deveria ser classificado como uma “crise internacional”.
No âmbito doméstico, Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da proposta da PEC da Previdência, anunciou que o cronograma da reforma previdenciária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado vai atrasar “quatro ou cinco dias”. Pelo cronograma inicial, o relatório seria lido na comissão na próxima quarta-feira (28).
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No Tesouro Direto, o papel atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 2,89%, ante 2,83% a.a. na abertura do pregão anterior. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.810,74 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 56,21 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).
Os títulos com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais 3,57% ao ano, ante 3,55% a.a. anteriormente.
Já no papel com rendimento prefixado e vencimento em 2022, a taxa oferecida era de 5,95% ao ano, ante 5,88% na véspera. O Tesouro Prefixado com prazo em 2025 pagava uma taxa de 6,92% ao ano, ante 6,84% a.a. na quinta-feira (22), enquanto o retorno do papel com juros semestrais e vencimento em 2029 avançava de 7,15% para 7,21%.
| Indexados ao IPCA | ||||||
| Tesouro IPCA+ 2024 | 15/08/2024 | IPCA + 2,89% | R$ 56,21 | R$ 2.810,74 | ||
| Tesouro IPCA+ 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,57% | R$ 37,36 | R$ 1.868,45 | ||
| Tesouro IPCA+ 2045 | 15/05/2045 | IPCA + 3,57% | R$ 39,50 | R$ 1.316,93 | ||
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 | 15/08/2026 | IPCA + 3,01% | R$ 38,35 | R$ 3.835,38 | ||
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,44% | R$ 42,74 | R$ 4.274,48 | ||
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 | 15/08/2050 | IPCA + 3,63% | R$ 46,43 | R$ 4.643,22 | ||
| Prefixados | ||||||
| Tesouro Prefixado 2022 | 01/01/2022 | 5,95% | R$ 34,92 | R$ 873,03 | ||
| Tesouro Prefixado 2025 | 01/01/2025 | 6,92% | R$ 34,97 | R$ 699,50 | ||
| Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 | 01/01/2029 | 7,21% | R$ 35,90 | R$ 1.196,82 | ||
| Indexados à Taxa Selic | ||||||
| Tesouro Selic 2025 | 01/03/2025 | Selic + 0,02% | R$ 102,72 | R$ 10.272,95 | ||
Fonte: Tesouro Direto
Baixo risco, liquidez e acessibilidade
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.
Fonte: Infomoney
