Apesar de 2018 ter sido o ano em que o Bitcoin viveu uma constante queda em seu valor, o período também marcou o crescente interesse de empresas e instituições públicas em torno da tecnologia blockchain. No Brasil, ao longo do ano, importantes organizações, publico e privadas, anunciaram provas de conceito com a tecnologia, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Receita Federal do Brasil, Banco Itaú, Santander, entre tantos outros.
De olho nestes desdobramentos e no amadurecimento da tecnologia a UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo, uma das mais importantes universidades públicas do Brasil passou a exigir, de seus novos professores na área de Ciências Contábeis, conhecimentos em blockchain, conforme publicado no edital que prevê a contratação de um novo professor para a instituição.
Blockchain tem sido um tema muito debatido nas universidades do Brasil, na USP, Universidade Estadual de São Paulo, recentemente, por meio da Escola Politécnica (Poli), ofereceu o curso Blockchain Developer, com o intuito de formar desenvolvedores na área. No campo jurídico, a SanFran Jr., Empresa Júnior da Faculdade de Direito da USP, organizou, em outubro deste ano, um congresso acadêmico com o tema “Blockchain e M&A: os impactos das tecnologias disruptivas no direito” que abordou o assunto por meio de três painéis: “Falhas das fusões e aquisições: Agency, Insider Trading e desigualdade informacional”; “Blockchain: uma inovação disruptiva”; “Tecnologia X Tradição: a receptividade dos Blockchain nas Fusões e Aquisições” às 19 horas.
Já na Escola Superior de Agricultura, o tema também vem sendo debatido em busca de aprimorar técnicas na produção de alimentos. Recentemente também, o Banco Itaú Unibanco anunciou patrocínio ao Centro de Ciências de Dados da USP (c²d). Com o aporte financeiro o banco pretende apoiar bolsas de doutorado e mestrado com foco em linhas de pesquisa científica voltado a aprendizado de máquina (deep learning, computação cognitiva, reinforcement learning, fluxos de dados, modelos gráficos probabilísticos, redes complexas, análise de dados em real time), inteligência artificial, arquitetura para big data, cloud computing, computação de alto desempenho, visualização de dados, persistência de dados, modelos de metadados, controle de proveniência e qualidade de dados, blockchain, segurança, privacidade e confiabilidade de dados, e Internet das coisas.
Embora não esteja claro ainda se a UNIFESP deve abordar o assunto em seus vestibulares a tecnologia blockchain vem ganhando cada vez mais atenção da instituição e, com a nova exigência publicada pela Reitoria, a cadeia de blocos ganha um novo status dentro dos campus da universidade.
Por: Cassio Gusson
Fonte: Criptomoedas Fácil
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