Duas criptomoedas associadas à evolução do dólar foram autorizadas nesta segunda-feira pelo regulador de serviços financeiros de Nova York (DFS), uma medida aplicada pela primeira vez e que dará a esses ativos credibilidade em um mercado de moedas virtuais que busca reconhecimento.
As empresas Gemini, dos irmãos Winklevoss, e Paxos receberam autorização da DFS, que estabeleceu “as condições para conter os diversos riscos e repeitas as fortes normas do estado de Nova York para combater lavagem de dinheiro e fraude e para a proteção dos consumidores”, afirmou a entidade em nota.
No mercado já existem criptomoedas cuja evolução é apoiada por ativos tangíveis, como o dólar ou o ouro, permitindo que essas moedas virtuais sejam menos voláteis. Mas esses ativos não são regulados por nenhuma autoridade.
Por isso, o endosso do Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York (DFS) concedido à Gemini e à Paxos é uma garantia de credibilidade para seus produtos, disponíveis em seus sites a partir desta segunda-feira.
“Até agora não havia nenhum produto virtual baseado no dólar no qual os reguladores confiassem e que evoluísse de forma aberta e descentralizada, como as criptomoedas”, disse Cameron Winklevoss, que é conhecido, com seu irmão por ter reivindicado a criação do Facebook.
O anúncio foi feito no dia seguinte à suspensão, pela Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC), de dois produtos ligados a moedas digitais, o Bitcoin Tracker One e o Ether Tracker One, devido a uma “confusão” em sua natureza e que faz com que possam ser confundidos com produtos referenciados em índices.