Inflação tem alta de 0,89% em novembro

Pressionado pela alta nos alimentos e combustíveis, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, considerado inflação oficial do país, avançou 0,89% em novembro, acima da taxa de 0,86% registrada em outubro. Esse é o maior resultado para o mês desde 2015, quando o indicador chegou a 1,01%.

Com o índice divulgado nesta terça-feira pelo IBGE, o IPCA acumula alta de 3,13% em 2020 e de 4,31% em um ano, acima dos 3,92% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, o indicador havia se situado em 0,51%.

De acordo com o IBGE, faltando um mês para o fechamento do ano, a inflação está dentro da previsão do governo e próxima do centro da meta, hoje estipulada em 4,0%.

O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, disse que o cenário de novembro é parecido com o dos últimos meses, com maior variação e impacto vindos, mais uma vez, do grupo alimentação e bebidas.

A alta nos alimentos, segundo Kislanov, pode ser explicada por dois fatores.

Dentro desse grupo, os componentes que mais pressionaram a inflação foram as carnes, com alta de mais de 6%, a batata-inglesa, que subiu quase 30%, e o tomate, mais caro 18,45%.

Outros produtos importantes na cesta das famílias também encareceram, entre eles o arroz e óleo de soja. A cerveja foi outro componente em alta. No lado das quedas, o destaque foi o leite longa vida, com variação negativa de 3,47%.

A segunda maior influência no IPCA de novembro veio dos transportes, que subiram 1,33%. A inflação do grupo foi pressionada pela sexta alta consecutiva no preço da gasolina. Entre os combustíveis, destaque para o etanol, que avançou 9,23%.

Já os artigos de residência desaceleraram 0,86% em relação ao mês anterior, influenciados pela queda nos preços dos artigos de TV, som e informática.

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos. O levantamento mostrou que a alta nos preços atingiu todas as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE. O maior resultado foi em Goiânia, 1,41%, e o menor em Brasília, 0,35%. São Paulo e Rio de Janeiro fecharam o mês com inflação de 1,04% e 0,69%, respectivamente.

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