A Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo, procura um especialista em marketing no Brasil e isso pode ser, talvez, o primeiro passo para futuramente a empresa abrir um escritório em solo brasileiro.
A vaga anunciada é para a cidade de São Paulo e foi publicada há quatro dias na conta do Linkedin da empresa. O anúncio, que começa ressaltando que “a Binance é a exchange de criptomoedas nº 1 do mundo”, diz o seguinte:
“Você está procurando fazer parte de uma das empresas mais influentes do setor de blockchain e contribuir para a revolução das criptomoedas que está mudando o mundo? Estamos contratando um especialista talentoso e experiente para liderar nossas atividades de marketing no Brasil”.
De acordo com o texto, a Binance diz que, com a contratação, pretende ampliar sua notoriedade de marca no Brasil, planejando e executando campanhas de marketing criativas.
Para isso, a empresa exige pelo menos 3 anos de experiência na área e uma gama de habilidades, como falar Inglês, Business to Consumer (B2C) e, principalmente, forte conhecimento em tecnologia, blockchain e criptomoedas.
O anúncio dizer que o especialista vai trabalhar remotamente e a empresa deixa claro que deseja expandir seus negócios no Brasil quando diz que a pessoa deve ter experiência com operações e estratégia de marketing global e local.
Além disso, o texto frisa: “com 10 milhões de usuários em todo o mundo, estamos buscando expandir ainda mais nosso alcance”.
Exchanges estrangeiras no Brasil
A comunidade de criptomoedas no Brasil é uma das mais entusiastas do mundo, principalmente a do Bitcoin. O país sempre aparece nos planos de projetos internacionais de empresas do setor. Com a Binance, não será diferente.
Coinbene veio e ficou
A exchange de criptomoedas de Singapura Coinbene foi a primeira empresa global do setor a oferecer aos usuários a opção da moeda brasileira. Ela se instalou no Brasil em setembro do ano passado e permanece até hoje operando com dez pares de negociação.
A Coinbene figura entre as 30 maiores exchanges do mundo e negociou mais de US$ 1 bilhão em criptoativos nas últimas 24 horas.
Huobi também tentou
A chegada ao Brasil da gigante chinesa das criptomoedas Huobi aconteceu no ano passado. Na época, se acreditava que a chegada da exchange fosse representar um novo desafio às exchanges nacionais, dada sua grande liquidez.
A Huobi, porém, não começou a aceitar depósitos e saques em reais. No entanto, em uma tentativa de angariar clientes brasileiros ela realizou airdrops e distribui tokens.
Em novembro de 2018, a divisão brasileira da Huobi demitiu seis dos 10 funcionários da operação nacional da exchange, sendo os cargos mais afetados os gerenciais e operacionais.
Depois de ter chegado ao Brasil e não obter o sucesso esperado, a Huobi passou a visar seus negócios na Argentina.
Huobi é um dos pesos-pesados do mercado internacional. Nas últimas 24 horas, ela ocupa a 13ª posição mundial em volume negociado de acordo com o CoinMarketCap, com mais de US$ 800 milhões.
Por: Wagner Riggs
Fonte: Portal do Bitcoin