Racha bilionário na família Safra pode dar origem a um banco digital

Um desentendimento na família Safra, dona do quarto maior banco brasileiro em ativos, pode ter implicações bilionárias.

De acordo com executivos ligados à instituição ouvidos por EXAME, o lançamento da carteira digital do Safra provocou um racha entre os irmãos Alberto, de 40 anos, e Davi, de 35, responsáveis pelo dia a dia dos negócios do Safra desde 2012. Quando Alberto, responsável pela área de empresas, lançou a wallet em julho, Davi disse que o produto tinha mais sinergia com o público de pessoas físicas, que fica sob seu guarda-chuva na divisão.

A decisão coube ao pai Joseph, maior acionista do banco e homem mais rico do Brasil (segundo a revista Forbes, tem 22,8 bilhões de dólares). Ele concordou com Davi. Nesse momento, Alberto preferiu se afastar. Alugou um escritório na avenida Brigadeiro Faria Lima, centro financeiro da capital paulista, e está comprando 200 notebooks para montar uma startup voltada ao mercado financeiro (também chamada de fintech). Ele acredita que o futuro dos bancos está atrelado ao desenvolvimento tecnológico e, por isso, quer competir com os bancos digitais, de acordo com três fontes diferentes.

Quem assumiu suas funções foi o outro irmão, Jacob, que mora na Suíça e cuida da área internacional do Safra. Mesmo estando a 9.000 quilômetros de distância, Jacob criou um cargo de vice-presidente comercial e escolheu uma pessoa de sua confiança da comunidade judaica para comandá-lo. A área comercial era uma das searas de Alberto. A revista VEJA publicou, em sua edição deste fim de semana, que Alberto e Jacob “foram às vias de fato” na frente dos funcionários.

Procurado por EXAME sobre a briga relatada por VEJA, o banco Safra afirma que “os questionamentos que foram apresentados são absurdos e totalmente improcedentes”.

Fonte: Exame

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