Fintechs brasileiras estão migrando para blockchain, inteligência artificial e big data

De acordo com o Mapa das Fintechs, levantamento da Visa, as startups brasileiras voltadas para o uso de tecnologia no setor financeiro estão mudando de ramo. O estudo avaliou 175 empresas iniciantes e concluiu que 77% delas migraram para outra área, sendo que 3% destas já mudaram de ramos mais de cinco vezes. Os mercados mais procurados por essas que mudaram de área são o de mobilidade urbana, tecnologia blockchain, inteligência artificial ou big data (setor de análise de dados). No entanto, a maioria continua atuando no ramo de soluções de pagamentos. As informações foram divulgadas na quinta-feira, dia 21 de novembro, pelo o site de notícias Valor Investe.

A pesquisa teve como base as inscrições para o programa de aceleração desenvolvido pela Visa. Das 175 startups inscritas no processo de seleção, nove foram selecionadas para participarem de um processo de imersão e mentorias com executivos da Visa. O programa terá duração de duas semanas e será realizado no Vale do Silício, nos Estados Unidos.

De acordo com o mapa, 38% das startups inscritas não possuem mais de 10 funcionários e o objetivo principal delas é buscar oportunidades em mercados que estão em ascensão, como é o caso do setor de tecnologia blockchain.

As mudanças de ramo parecem fazer parte do processo de estabilização das startups. Isso porque, na edição anterior do Mapa das Fintechs, 40% das inscrições vinham de empresas voltada para soluções de pagamentos, incluindo boleto bancário e QR Code. Em 2019, este número caiu pela metade e apareceram mais empresas buscando outros mercados. O setor de mobilidade urbana correspondeu a 6,9% dos inscritos. Big data ficou com 6,3%. Na sequência, com 5,6%, vem o mercado de inteligência artificial, seguido pelo setor de blockchain, com 5% dos inscritos. Por fim, com 1,3% ficou o setor de machine learning.

Concentração no Sul e Sudeste

O estado de São Paulo continua sendo o local que mais concentra essas startups, com 48,8%. No entanto, houve uma pequena queda em relação ao ano passado quando o percentual era de 55%. O estado de Minas Gerais teve 10,5% das empresas que participaram da seleção de 2019. Depois, vem o Paraná com 9,3%; Santa Catarina com 6,4%; e Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul com 5,2% cada um.

Ganhos e Investimentos

Os ganhos mensais também foram levantados pelo mapa: 49% das empresas afirmaram que faturam entre R$ 5 mil e R$ 40 mil; 21% arrecadam entre R$ 100 mil e 500 mil ao mês. Apenas 11% ganham até R$ 5 mil mensais.

No que diz respeito ao investimento, 55% das startups afirmaram não terem recebido nenhum tipo de apoio externo. Por outro lado, 11,6% declararam que fizeram uso de capital próprio. Já 35% receberam investimentos.

Entre as que receberam aporte financeiro os valores variam:

  • Até R$ 50 mil – 9,2%
  • de R$ 100 mil a R$ 500 mil – 44,6%
  • de R$ 500 mil a R$ 2 milhões – 38,5%
  • Mais de R$ 2 milhões – 7,7%

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