Dólar cai 0,7% e Ibovespa fecha em leve alta entre decisão do Fed e cautela pós-Copom

O dólar caiu e o Ibovespa fechou em leve alta nesta quarta-feira (11) depois da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). A autoridade monetária dos Estados Unidos decidiu, por unanimidade, manter as taxas de juros em uma banda entre 1,5% e 1,75% ao ano, o que já era amplamente esperado pelo mercado.

Vale lembrar que hoje ainda terá decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) depois do fechamento. Os investidores esperam mais um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros brasileira, levando a Selic a 4,5% ao ano.

Para o comunicado, a expectativa é de que o Banco Central sinalize o fim do ciclo de cortes de juros ou limite a apenas mais uma redução, de 0,25 ponto percentual, na primeira reunião de 2020.

O Ibovespa teve variação positiva de 0,26%, a 110.963 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 19,256 bilhões.

Já o dólar comercial caiu 0,7% a R$ 4,119 na venda. O dólar futuro com vencimento em janeiro de 2020 registrava perdas de 0,35%, a R$ 4,1355.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 caiu um ponto-base a 4,62% e o DI para janeiro de 2023 recua dois pontos a 5,71%.

No comunicado do Fomc, o comitê indicou que é provável que a política monetária permaneça onde está por um período maior de tempo, embora os dirigentes continuem monitorando as condições econômicas. A atualização das projeções e do chamado gráfico de pontos também reforçaram a visão que os juros devem permanecer no nível atual durante o próximo ano.

“O Comitê julga que a posição atual da política monetária é apropriada para apoiar a expansão sustentada da atividade econômica, as fortes condições do mercado de trabalho e a inflação perto do objetivo simétrico de 2%”, diz o comunicado.

Após a reunião, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou em coletiva de imprensa que as perspectivas para a economia americana continuam positivas, apesar da conjuntura do exterior.

Contudo, Powell alertou para riscos e desafios para a economia do país. “Desaceleração global e tensões comerciais têm pesado no desempenho da indústria”, disse, ressaltando que os investimentos e as exportações continuam fracos em solo americano.

Também impactou o mercado a expectativa com relação à possibilidade de um acordo comercial entre EUA e China sair antes deste domingo (15), quando começa a valer o aumento de 10% para 15% nas tarifas americanas sobre US$ 165 bilhões em produtos chineses.

Entre os indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou as vendas do varejo, que cresceram 0,1% em outubro na comparação com o mês anterior, em linha com a estimativa mediana dos economistas compilada pelo consenso Bloomberg. É o sexto mês consecutivo de crescimento, com um acréscimo de 2,7% no período.

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