Amazon lança Alexa e dispositivos Echo no Brasil aquecendo o varejo e a corrida da casa conectada

“Bom dia, estou muito contente de estar no Brasil. Como escreveu Cecília Meireles, a vida só é possível reinventada”. Esta é a mensagem inicial da Alexa, assistente virtual por voz da Amazon, quando um brasileiro lhe deseja bom dia. A tecnologia estava em testes desde dezembro do ano passado para ser oficialmente lançada em português para brasileiros nesta quinta-feira (3).

Desde já, é possível encomendar um dos alto-falantes da linha Amazon Echo na loja brasileira da Amazon. Os primeiros aparelhos disponibilizados em pré-venda são o Echo Dot (R$ 249 na pré-venda, até dia 7 de outubro, e R$ 349 depois) e o Echo Show 5 (R$ 449 na pré-venda e R$ 599 oficialmente). Quem comprar nesses cinco primeiros dias, recebe em casa a partir do dia 7. Em novembro, será disponibilizado também o novo Amazon Echo, com áudio mais potente, por R$ 699. Os preços são similares aos praticados nos Estados Unidos.

O que difere os dispositivos entre si é, principalmente, a forma: o Echo Dot é pequeno e redondo, do tamanho de um punho, e possui apenas caixa de som e botões, feito para ser espalhado pelos cômodos de uma casa. O Echo segue a mesma linha, mas é mais alongado e tem a melhor qualidade de som da linha. Por fim, o Echo Show 5 traz, além do speaker, uma tela sensível ao toque, o que permite reprodução de conteúdo audiovisual e ligações com vídeo. Ele lembra um rádio-relógio e segue a linha de produto de cabeceira.

Todas as versões do Echo possuem conexão wifi e Bluetooth e são alimentadas pelo mesmo sistema de inteligência artificial em nuvem: a Alexa. Como de praxe na inteligência artificial, a assistente fica mais “inteligente” conforme interage com o usuário.

A partir de comandos de voz simples, a Alexa é capaz de ler notícias, tocar músicas (ou vídeos, se o dispositivo tiver uma tela), consultar o trânsito, pedir Uber ou iFood, e, dependendo dos dispositivos adicionais utilizados, controlar as luzes de um ambiente, acionar eletrodomésticos, entre outras funções. Lâmpadas inteligentes da Positivo são vendidas por R$ 89, por exemplo, e ja há tomadas, interruptores, aspiradores e outros itens compatíveis.

As funcionalidades evoluem conforme a Alexa recebe novas “Skills” – ferramentas que podem ser criadas por qualquer desenvolvedor a partir da API pública da Amazon. Produtores de conteúdo como G1, InfoMoney, Galinha Pintadinha e Rita Lobo (Cozinha Panelinha) estão entre os que já desenvolveram “Skills” para o mercado nacional. Na semana passada, a empresa divulgou pela primeira vez que a loja de apps da Alexa gera receita de bilhões de dólares (dos quais a própria Amazon tira uma fatia).

Mas a Alexa Economy ultrapassa os limites do Echo. Interagindo o tempo inteiro com o gadget, os usuários se tornam clientes muito mais valiosos para a empresa: além de conhecer seus hábitos (e, portanto, saber melhor os produtos que deve oferecer), a Amazon se torna a maneira mais fácil de comprar online para esse usuário. Uma pesquisa de 2018 mostrou que usuários do Echo compram 29% mais que os demais na Amazon.

 

 

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