Bitcoin caiu? Comemore!

Pode parecer loucura, mas a melhor hora de entrar em criptos é justamente após um crash (queda acentuada).

Assim como as ações de Petrobras tendem a se recuperar após uma desvalorização de 14% causada por um “congelamento temporário no preço do diesel”, o mesmo ocorre com o Bitcoin e demais criptoativos.

A título de curiosidade, quem comprou ações da Petrobras nos 2 dias seguintes conseguiu ganhos de 20% em 1 mês.

Foi em setembro de 2017 que a China anunciou que estaria proibindo as exchanges de operarem no país, causando um crash de 23% nos 2 dias seguintes. Quem comprou neste período realizou lucros superiores a 50% em 1 mês.

Mais recentemente, em abril de 2018, o Banco Central da Índia divulgou uma nota banindo o Bitcoin, causando uma desvalorização de 10%. Quem teve coragem e comprou nos 2 dias seguintes obteve ganhos de 46% em 1 mês.

Olha que estamos falando de um dos piores momentos da história do Bitcoin. O mercado havia cedido de US$ 11.400 para US$ 7.300 antes desta decisão na Índia e tudo apontava para mais um período tenebroso.

Embora não exista um motivo específico para queda de 15% da semana passada, tudo indica que mais uma vez o mercado irá se ajustar.

A prova disso é que o Bitcoin já se recuperou e continua mostrando que não há nenhum sinal de pânico nos mercados.

O volume dos compradores entre US$ 6.600 e US$ 6.800 foi tamanho que em menos de 10 minutos já estávamos novamente acima dos US$ 7.000.

Esta é a hora de criar coragem, ao contrário do que nosso instinto sugere: “quando o mercado desabar, venda junto” ou “se está todo mundo comprando e subiu 30%, é hora de entrar”.

O nível atual ainda está 63% abaixo do pico observado no final de 2017. Há sinais claros de recuperação, incluindo as buscas pela palavra ‘Bitcoin’ no Google (gráfico abaixo), que atingiram a máxima em 15 meses.

Outro indicador relevante é o número de endereços ativos na rede Bitcoin, chegando próximo ao nível encontrado em outubro de 2017.

Outro indicador relevante é o número de endereços ativos na rede Bitcoin, chegando próximo ao nível encontrado em outubro de 2017.

Gráfico das pesquisas por Bitcoin no Google

Nas últimas semanas passamos por dois eventos muito negativos para o mercado de criptos e o impacto disso nos preços foi nulo.

Pelo contrário, acumulamos em 30 dias alta de 24% na capitalização de mercado total (soma do valor de todos os criptoativos).

Não vamos perder tempo detalhando os casos, mas trata-se da ação do Estado de NY contra a Bitfinex-Tether e o hack da Binance.

Pra completar o cenário otimista, tivemos esta semana a grata surpresa do anúncio de gigantes norte-americanos do varejo, como Whole Foods e Nordstrom iniciando testes para pagamento utilizando criptos.

A gigante de investimentos Fidelity confirmou recentemente o início de sua mesa de operações para clientes institucionais: bancos, fundos de investimento e gestores profissionais.

Embora mais distantes de se concretizar, solicitações de registro dos ETFs de Bitcoin(listagem para negociação na tradicional bolsa NYSE) e a aguardada aprovação da bolsa de negociação de derivativos BAKKT também podem dar fôlego para o rally.

Não recomendo comprar tudo em um único dia, ou aguardar determinado nível de preço. A estratégia de maior eficiência é comprar um pouco toda semana, de preferência ao longo dos próximos 10 meses.

Não se preocupe tanto com oscilações de preço entre uma semana e outra. O número de Bitcoins criados por dia através da mineração vai se reduzir pela metade dentro de 12 meses, diminuindo a oferta de moedas.

Isto foi projetado na criação do Bitcoin, conhecido como halvening. Não tente prever movimentos do mercado. Compre um pouco toda semana!

Por: Marcel Pechman
Fonte: Portal do Bitcoin

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