A plataforma de entretenimento adulto baseada em blockchain, a SpankChain, tem recebido milhares de novos usuários depois que artistas da indústria pornográfica começaram a divulgar seus ganhos como camgirls por meio do token SPANK.
De acordo com uma reportagem da Coindesk, a plataforma, que foi lançada em abril deste ano e já possuiu mais de 6 mil usuários, distribuiu somente nos últimos seis meses cerca de US$ 70 mil em criptomoedas para suas 31 camgirls.
Elas são artistas freelancers que usam a plataforma para realizar suas performances via webcam. As camgirls têm revelado que estão ganhando muito mais do que em qualquer outro site tradicional que oferece o espaço artístico.
“Eu estava ‘jogando dinheiro fora’, disse uma das modelos, River Sunshine. “Trabalhando em três sites diferentes eu fazia 6% do que em 30 dias eu fiz no SpankChain”, revelou à reportagem.
Outra camgirl, Molly Mae Meow, com mais de seis anos de experiência na área, disse que também ganha muito mais dinheiro com a SpankChain.
O motivo que ela revelou foi que a plataforma cobra apenas 5% de seus ganhos, muito menor se comparados aos 50% cobrados pelos sites do mercado.
“Eu acho que até mesmo os usuários se sentem felizes por eu estar recebendo quase todo o valor. No início eu estava insegura, mas agora eu realmente amo as criptomoedas”, disse ela.
Sunshine e Mae Meow são exemplos de veteranos da indústria do sexo que foram apresentados ao mercado de criptomoedas através da SpankChain.
Elas geralmente fazem retiradas dos SPANKs apenas quando precisam gastar com suas necessidades básicas semanais, diz a reportagem. Basicamente elas preferem que seus tokens fiquem armazenados na carteira como uma reserva de valor.
“Eu me sinto mais no controle do meu dinheiro do que com os bancos e processadores de pagamento em outros sites”, disse Sunshine.
Com uma lucratividade visivelmente satisfatória, essas camgirls começaram a elogiar e divulgar a SpankChain em redes sociais. Isto chamou a atenção de novos usuários e artistas que se inscrevem regularmente na plataforma.
Mae Meow acredita que esta oportunidade é benéfica tanto para ela como para o site.
Ela disse:
“Dar às camgirls tanto poder em seu site pode ser muito benéfico. Você não está apenas trabalhando no site, todos no site também estão trabalhando para você”.
Entretanto, a insegurança no início citada pela camgirl, esbarra no assunto regulamentação.
O SPANK, assim como as outras criptomoedas terá seu uso autorizado na plataforma futuramente? Isso ainda não está garantido, mas também não existe lei que proíba.
Os tokens da SpankChain foram emitidos como ‘tokens de utilidade’ ao invés de investimento. No entanto, é muito cedo para dizer se eles terão uma classificação legal diante dos reguladores americanos, que têm reprimido emissões de tokens desse tipo.
Recentemente, Ameen Soleimani, CEO da SpankChain, usou o canal público da plataforma para dizer aos usuários que, em relação a regulamentações, ele não estaria preocupado, visto que nunca a valorização do preço do token foi colocada em pauta.
Ele também falou que tentou deliberadamente manter o token nativo fora das principais bolsas de criptomoedas e que jamais foi contatado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Disse, ainda, que ficaria feliz em poder colaborar com a Agência caso for necessário.
A plataforma de webcam do SpankChain em si não é a estratégia de receita de longo prazo da startup e sim sua carteira, a ‘SpankPay’. Mas o projeto é uma prova de conceito para o processamento de pagamentos com criptomoedas.
E este é um modelo que Soleimani diz que deve ser seguido futuramente pela indústria pornográfica como uma alternativa aos tradicionais processadores de pagamento.
“Embora estejamos imensamente orgulhosos do impacto do ‘Spank.live’, nosso principal modelo de receita é baseado na adoção de nossa carteira SpankPay em toda a indústria adulta – e isso levará algum tempo… em face ao mercado que está em baixa, a SpankChain teve que cortar gastos”, disse o diretor executivo.
Por: Wagner Riggs
Fonte: Portal do Bitcoin