ueremos virar essa página e fazer um governo presente, com disposição, vontade e coragem de liderar as transformações que nosso Pará tanto precisa”. É esse o espírito que comanda as ações de Helder Zahluth Barbalho, 39 anos, que lidera a disputa pelo Governo do Estado nas pesquisas eleitorais divulgadas até agora.
Administrador e pós-graduado em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Helder tem uma carreira política consolidada. Em 1999 foi eleito vereador em Ananindeua. Três anos depois, em 2002, foi eleito deputado estadual.
Em 2004 galgou pela primeira vez o cargo de prefeito de Ananindeua, sendo reeleito em 2008. Nesse período acumulou a presidência da Federação das Associações dos Municípios do Estado (Famep). A partir de 2013, após sair da prefeitura, Helder liderou o movimento
“Queremos ouvir o Pará”, no qual percorreu o Estado conhecendo os problemas das cidades e ouvindo os cidadãos para construir soluções coletivas para as demandas. Em 2014, construiu uma ampla aliança para a disputa ao Governo do Estado, ficando na segunda colocação.
Em seguida ganhou destaque no cenário nacional assumindo três ministérios da República e trazendo milhões em recursos para os municípios paraenses nas mais diversas áreas. Primeiro assumiu a pasta da Pesca e Aquicultura, depois dos Portos e, por último, o Ministério da Integração Nacional, onde também obteve reconhecimento nacional conduzindo obras estruturantes importantes em várias regiões do país e, principalmente no Pará, em parceria com a bancada paraense no Congresso Nacional.
Apenas para o Pará foram cerca de R$ 700 milhões em recursos para investimento na compra de máquinas, equipamentos e realização de obras de infraestrutura, a obra do Pedral do Lourenço que está em vias de iniciar, asfaltamento de várias estradas e rodovias, fomento às hidrovias, a duplicação da BR-316 do trecho de Castanhal até o trevo de Salinas, abastecimento de água em áreas rurais e ribeirinhas, retomada do programa Luz para Todos que estava parado no Pará, entre muitas outras obras. Acompanhe a entrevista.
P O principal mote da sua campanha é “estar presente”. Qual o significado?
R Eu pude ser um ministro presente aqui no Pará por quase 3 anos e meio trabalhando, ouvindo as pessoas e levando benefícios a todos os municípios desse Estado, apesar da sede do ministério ser em Brasília. Se estando lá estava sempre presente aqui, imagine sendo eleito governador do meu Estado o que eu não poderei fazer! Serei não apenas um governador presente, mas o gestor que levará o governo para todas as regiões desse imenso Estado. Hoje assistimos um governo estadual totalmente ausente, que não cuida das pessoas, que não se importa com o sofrimento da população e nem enfrenta os desafios que se apresentam. Queremos virar essa página e fazer um governo presente, com disposição, vontade e coragem de liderar as transformações que nosso Pará tanto precisa. O governo precisa chegar onde os paraenses estão, seja aqui em Belém ou na fronteira do Pará com o Mato Grosso, melhorando a qualidade de
vida das pessoas.
P Nos últimos 24 anos, em 20 tivemos o Estado governado por políticos do PSDB. Como você analisa esse período?
A fala de um candidato de oposição pode parecer apenas discurso fácil dentro de uma disputa eleitoral. Eu prefiro me apoiar nos dados e estatísticas que demonstram a falência completa desse modelo de gestão e desses últimos governos: o Pará está no último lugar na qualidade e detendo a maior taxa de evasão escolar no ensino médio do país; que Belém é a terceira cidade mais violenta do mundo, com 4.600 pessoas assassinadas no Estado apenas no ano de 2017 nas áreas urbana e rural. Esses índices mostram a incompetência e o descaso de quem comanda o Pará hoje, que está relegado à própria sorte. Nosso Estado hoje não aproveita as suas vocações para trazer renda e oportunidades para a população seja na área de turismo, industrial, de serviços… Prova disso é que estamos em penúltimo lugar entre os estados da federação em eficiência de gasto público em educação, infraestrutura e planejamento. Em todos os levantamentos nacionais e internacionais nas mais variadas áreas, o Pará lamentavelmente está no fim da fila. Somente existe o paraíso aqui na ilha da fantasia criada pelo governador e pelos seus marqueteiros, que insistem em apresentar para a população um Pará que absolutamente não existe. Está em nossas mãos mudar essa realidade.
R Meu convite para que as agremiações partidárias compusessem a nossa coligação se deu a partir de uma única premissa: o desejo de mudança. As legendas que compartilharam comigo esse mesmo desejo se uniram ao nosso projeto. Não houve qualquer necessidade – e nem eu faria isso – de fazer qualquer tipo de concessão para receber apoio político em troca de espaço ou favores num futuro governo.
P Sua coligação contém 16 partidos. Isso não pode trazer problemas para a composição e um futuro governo com tantos acordos políticos para cumprir?
R Quero ter a chance de governar o Pará e, para tal, preciso de uma equipe eminentemente técnica com qualificação vinculada à área de atuação. Se houver convergência entre o currículo e a questão política não haverá problema algum, mas priorizaremos a qualificação dos quadros na gestão. Como já disse quem me apoia é porque deseja a mudança. Quando um governo está em sintonia com a sociedade é natural que os atores políticos colaborem. Como você ressaltou compus uma ampla aliança, a maior já feita numa eleição geral nesse Estado que me permitirá ter sustentação parlamentar num futuro governo, com ótimas perspectivas de governabilidade, sem que haja qualquer tipo de concessão que desfigure a proposta que apresento à sociedade.
P A segurança pública é um flagelo no Pará. Quais as suas propostas para resolver esse problema?
R Temos, acima de tudo, que fortalecer as polícias civil, militar e municipal, ampliando seus efetivos, pagando salários condizentes e dando condições para que garantam a segurança do cidadão. Como a situação aqui fugiu do controle, um dos meus primeiros atos, caso seja eleito, será solicitar ao novo presidente da República a presença da Força Nacional de Segurança no Pará para cooperar com as nossas polícias, construindo um ambiente de pacificação que nos permita ter tempo e condições de estabelecer uma estratégia para combater a criminalidade, através da maior presença do governo com geração de empregos e oportunidades através de projetos sociais com qualificação e formação de mão-de-obra, resgatando nossos jovens do tráfico e da bandidagem. Nos bairros mais violentos precisamos ampliar ainda mais a presença do Estado com infraestrutura nas áreas da Educação e do Esporte, transformando esses locais em
territórios da paz.
P Como fazer para tirar o Pará das últimas colocações na qualidade da Educação no país?
R Precisamos primeiro resgatar o diálogo com os trabalhadores da Educação e farei isso assim que assumir, resgatando o piso nacional do magistério, reestruturando a rede física, investindo numa estratégia pedagógica que possa fidelizar o aluno na escola. Educação precisa e será uma prioridade no meu governo.
P E na área da saúde? Hoje vemos pessoas morrendo nas filas de hospitais, hospitais abandonados. O que fazer para trazer uma saúde digna para a população?
R Temos principalmente que fortalecer as ações preventivas em parceria com os municípios de um lado e investindo em saneamento básico e no tratamento de esgoto onde também o Pará tem uma das piores estruturas do país, além e fortalecer a Cosanpa como empresa pública e também os serviços autônomos de água e esgoto dos municípios. Nas áreas onde não há cobertura da Cosanpa, dialogar com as gestões saídas que permitam a universalização do serviço. A atenção básica e programas como Saúde da Família também precisam ser fortalecidos nos municípios como forma de prevenção de doenças. Vamos espalhar policlínicas pelo Estado para levar consultas e exames especializados para a população, sobretudo para os municípios mais distantes, além de concluir as obras dos vários hospitais que estão paradas ou em andamento, como é o caso do Abelardo Santos em Icoaraci, além de viabilizar mais um hospital regional na Calha Norte, no Baixo Tocantins e um Pronto Socorro no bairro do Bengui para desafogar o atendimento nos PSMs da 14 de Março e do Guamá. Outra proposta é construir um hospital especializado para cuidar da saúde preventiva das mulheres. Em Marabá e Santarém, a ideia é construir hospitais materno-infantis para descentralizar o atendimento.
P O que o cidadão paraense pode esperar caso Helder seja eleito governador?
R A população pode esperar de mim o governador presente. Darei tudo de mim para ser o melhor governador que esse Estado já teve. A população, se me der essa oportunidade, eu não poderei errar e farei o melhor possível para corresponder às expectativas e à esperança da população, transformando-as em realidade, na elevação da autoestima da população paraense, para que volte a acreditar que podemos viver num Estado mais justo, que cuide das pessoas, com um governo próximo do cidadão.
Por: Luiz Flávio
Fonte:Dol
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