O dólar operava em queda e abaixo de 4 reais nesta terça-feira, após pesquisa Ibope mostrar que o candidato do PLS à Presidência, Jair Bolsonaro, ampliou sua vantagem em relação ao petista Fernando Haddad.
Às 10:16, o dólar recuava 1,64%, a 3,9524 reais na venda, depois de terminar a véspera em baixa de 0,47%, a 4,0183 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 1,6%.
“Aparentemente, a maré de Bolsonaro (PSL) parece ter começado a virar….Nas últimas duas semanas,… muitos começavam a prever que Bolsonaro não iria mais crescer nas pesquisas e que Fernando Haddad poderia empatar…ainda no primeiro turno. Mas os números de ontem mostraram uma invertida”, avaliou a corretora Guide em relatório.
No levantamento divulgado na véspera, Haddad não oscilou na pesquisa, mantendo os mesmos 21% da pesquisa anterior, enquanto o líder Bolsonaro foi a 31%, de 27% antes.
Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro empataria com Haddad em 42%, ante 42 a 38% para o petista antes. Além disso, a rejeição de Haddad subiu 11 pontos, a 38%, enquanto a de Bolsonaro permaneceu em 44%.
Para o mercado, o resultado do Ibope trouxe viés favorável porque o PT sofreu, em sua avaliação, outros reveses na véspera. Entre eles, o veto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jornal Folha de S.Paulo e a liberação da delação do ex-ministro petista Antonio Palocci envolvendo, entre outros, o próprio Lula.
O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e entende que aqueles com viés mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. Assim, sua opção neste momento está em Jair Bolsonaro, principalmente pelas ideias de seu assessor econômico Paulo Guedes.
As atenções agora se voltam para o números do Datafolha que saem nesta terça-feira e incluem entrevistas realizadas no mesmo dia.
“Hoje sai o Datafolha…que deve trazer algum impacto já em relação à delação de Palocci”, destacou em relatório o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos Vitor Miziara.
No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas com a Itália puxando a aversão ao risco. O euro foi à mínima de seis semanas mais cedo após uma autoridade do partido governista Liga da Itália dizer que a maioria dos problemas do país seria resolvida se trocasse o euro por uma moeda nacional, provocando vendas generalizadas no mercado.
O dólar também avançava ante as divisas de países emergentes, como o peso chileno e a lira turca.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de 8,027 bilhões de dólares.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Fonte: Terra.com