O fundo americano The Hive, do Vale do Silício, disponibilizou R$ 6 bilhões para viabilizar a operação de uma credenciadora ‘low cost’ no Brasil que usa a tecnologia blockchain em sua ‘maquininha’ de pagamentos. A princípio, o foco será nos pequenos e médios varejistas.
De acordo com o Valor Econômico, a importância será investida na InfinitePay, da fintech CloudWalk, cuja sede fica em São Paulo. Através de sua POS com tecnologia blockchain, a empresa liquida e processa transação com cartões.
A ação ainda conta com o americano James Aviles, que possui vasta experiência no mercado de pagamentos — uma empresa criada por ele foi vendida para a Cielo em 2012.
Os recursos do The Hive para a credenciadora virão por meio do SmartBank, uma plataforma digital que está sendo desenvolvida há dois anos em parceria com o banco brasileiro Indusval.
“Como banco, temos capacidade de captar em escala. O volume de R$ 6 bilhões é inicial para a InfinitePay, mas temos mais a oferecer”, disse ao Valor, Everson Lopes, presidente do The Hive para o Brasil.
Blockchain diminui custo
Destacando a utilidade da tecnologia blockchain, Luis Silva, fundador da CloudWalk, disse que em vez de 300 pessoas para gerenciar os pagamentos, ele só vai precisar de 40.
Desta forma, ele acredita que o lucro virá do uso massivo, considerando que a taxa de ganho da empresa em cada transação (take-rate) será de 0,40%, diante das taxas dos concorrentes que são em torno de 1,5%, diz a reportagem.
Outro ponto destacado foi sobre a taxa de antecipação. Segundo a empresa, a taxa cobrada para antecipar os recebíveis em uma compra de 12 vezes, por exemplo, será de 7,45% sobre o valor total, ante algo entre 35% e 40% dos concorrentes.
“Queremos normalizar o mercado, trazendo para baixo o custo da antecipação. Por isso, só cobraremos do varejista o preço que pagamos pela antecipação de recebíveis, sem margens nessa atividade. Desenhamos o negócio para não ser dependente dessa linha”, disse.
Ainda segundo o executivo, o fundo de R$ 6 bilhões serão suficientes para dois anos de operação, mas que há outras fontes de recursos disponíveis.
Por: Wagner Riggs
Fonte: Portal do Bitcoin