Ibovespa tem 3ª queda seguida com dado fraco nos EUA e à espera da Previdência no Senado

O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (1), a terceira baixa consecutiva do índice, mesmo com a aprovação da reforma da Previdência por 17 votos a 9 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O plenário vota ainda hoje o texto aprovado.

Lá fora, as bolsas terminaram o dia em queda por conta do pior dado industrial dos Estados Unidos em dez anos. Para conferir destaques de ações, clique aqui.

O principal índice da B3 registrou perdas de 0,66% a 104.053 pontos com volume financeiro negociado de R$ 13,587 bilhões. Desde o dia 26, o benchmark já caiu 1,2%.

Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,17% a R$ 4,1612 na compra e a R$ 4,1624 na venda. O dólar futuro para novembro tinha alta de 0,14% a R$ 4,167. Impactaram o câmbio as notícias de que senadores avaliavam parar a tramitação da reforma insatisfeitos com a possibilidade de que seja alterada na Câmara a divisão dos recursos do megaleilão de petróleo.

O Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) nos EUA revelou que a atividade manufatureira do país se contraiu ao pior nível desde junho de 2009 no mês passado, graças ao impacto da guerra comercial com a China.

Em setembro, o índice ISM Manufacturing caiu de 49,1 pontos para 47,8 pontos, ante expectativas de que tivesse uma expansão para 50,2 pontos. Ou seja, a atividade industrial americana foi bem pior do que a esperada no período, o que se aumenta a possibilidade do Federal Reserve cortar as taxas de juros e estimular a economia, também gera preocupações de que os EUA estejam caminhando para uma recessão.

Também no exterior, o Japão elevou o imposto sobre consumo de 8% para 10%, reavivando temores a respeito da economia. Duas outras vezes em que os japoneses aumentaram taxas sobre o consumo tiveram como consequência recessões na segunda maior economia da Ásia.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, prometeu equilibrar as contas públicas do país até 2025, após décadas de déficits fiscais que levaram o Japão a formar uma dívida que é mais que o dobro do Produto Interno Bruto (PIB).

No mercado de juros futuros, os DIs viram para queda após passarem boa parte da sessão em alta em meio à produção industrial mais forte que a esperada aqui no Brasil. O DI para janeiro de 2021 fcai um ponto-base a 4,95%, ao passo que o DI para janeiro de 2023 registra uma variação negativa de quatro pontos-base a 6,02%.

Em agosto, a produção industrial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cresceu 0,8%, bem acima da projeção indicada pelo consenso Bloomberg, que era de expansão de 0,2% no mês.  Na série sem ajuste sazonal, no confronto com agosto de 2018, o total da indústria apontou redução de 2,3% em agosto de 2019.
Fonte: Infomoney

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